— Alguém me ajude! Socorro! Por favor, alguém me ajude! — expunha silogisticamente sua posição Sócrates.
Mas, experimentado em dialética desde os tempos de Ulisses, o mar o envolvia com líquidos argumentos por todos os lados e o fazia debater em vão. Ao final da peleja oratória, teria findado fatalmente por calar o filósofo. Isso, caso Jesus, que via a cena de longe, não tivesse falado:
— Levanta-te e anda!
— Ha! — respondeu o filósofo, ainda se afogando. — Pra você é fácil falar. Mas eu sou cético.
— Não, sua besta! Não se trata de milagre. É que a gente tá no raso. Já dá pé.
— Ah... — sorriu amarelo o zetético, cessando o desespero e fazendo em seguida o que o Mestre lhe havia dito.
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