16 de setembro de 2008

O CHÁVEZ DO ÁRTICO

Li hoje uma comparação interessante: Sarah Palin, a candidata à vice-presidente dos Estados Unidos, seria uma espécie de Chávez do Ártico.

A comparação vem em boa hora. Há tempos estou querendo dizer que uma pessoa que sequer cogite proibir livros em bibliotecas não pode nem se dizer nem ser considerada de direita. Simplesmente porque uma pessoa destas não preza o valor mais precioso do mundo: a liberdade que, em teoria, diferencia direita e esquerda.

O que me leva a mais uma constatação triste: não existe, como acreditam os inocentes, uma polarização na política norte-americana (não vale a pena nem falar do Brasil…). Não existe esquerda e direita. O que existe são formas diferentes (mas não antagônicas) de controle. De um lado, o controle das minorias, do politicamente correto, dos impostos, da distribuição à força de renda; de outro, o controle do fundamentalismo religioso, da paranóia e do nacionalismo extremado.

(Tirado daqui)