Hoje acordei e, ainda com sono, acabei clicando sem querer numa matéria que mostrava a ação indignada dos homossexuais de algum rincão do Brasil, acho que a Paraíba, contra outdoors espalhados pela cidade, qual seja. A matéria, também toda indignadinha, se escandalizava com os dizeres do outdoor: Homossexuais. Assim, só isso, bem grande, seguido por uma frase da Bíblia.
Isso é preconceito! É uma afronta à dignidade gay! etc. Etc.
Balela.
O que os gays (e os héteros, os brancos, os negros, os judeus, os evangélicos, os católicos, os extra-terrestres, os pobres, os ricos, os anões e os gigantes) têm que entender é que cada um pode e deve ter a sua opinião, por mais idiota que seja. Dizer que o Brasil se transformará numa ditatura gay é a coisa mais idiota do mundo, mas é uma opinião - e deve ser combatida no terreno das idéias.
O judiciário da Paraíba mandou retirar os cartazes e censurou também o site da igreja dos idiotas, dizendo que a liminar se respaldava (coisa horrível!) na Constituição, que diz que todos são iguais. Ora, juizinho burro, este, hein? O que ele entende por igualdade é demagogia do pior tipo. Ora, se todos são iguais, e são, os evangélicos têm direito, sim, de expressar sua contrariedade em relação ao homossexualismo.
Opinião só vira crime quando se torna violência física ou moral, seu dotô!
Eu tenho dezenas de amigos gays, com os quais me dou muito bem. Acho que a opinião dos evangélicos é deplorável porque burra, mas a decisão dos gays da Paraíba e do dotô é tão burra quanto. Hoje cala-se a burrice dos evangélicos; quem garante que amanhã não se calará a burrice dos gays, dos negros, dos judeus, dos anões e até dos Polzonoffs?
Ô, dotô, já ouviu falar no direito constitucional à liberdade de expressão e de crença?
(O primeiro que me chamar de homofóbico vai apanhar da minha legião de amigos bichas!)
