21 de julho de 2007

Fidalguias defensivas

Com seu aerodinâmico senso de timing, o presidente do nosso querido Brasil deverá renomear o imortal autor de "A viuvinha" para a massa da Defesa. Lépido e fagueiro tal qual um ginasta pan-americano, o imortal autor será substituído, em setembro, pelo diplomata Celso Amorim, segundo avisa o caro Noblat. O imortal autor de "A viuvinha" mostrará ao mundo, novamente, sua expertise: é, como todos nós, um homem provisório.

Hmmm.

Como se sabe, homens públicos são provisórios, mas detêm a técnica de administrar qualquer coisa, tanto faz se hoje se trata de um bordel e, amanhã, de um forno crematório. Cada posto é impregnado pela experiência acumulada.

Hmmmmm.

Donde que o diplomata deverá ser polido nas negociações com a Anac, a Infraero e a Aeronáutica se, e somente se, os interlocutores adotarem a seguinte estratégia: vestirem-se, a cada reunião, de chineses e árabes. A Infraero será bem-sucedida no seu pleito de ser reconhecida como economia de mercado; a Anac assumirá seu papel histórico de lavanderia de empresas aéreas, no melhor estilo trabalho escravo; e a Aeronáutica poderá ameaçar a massa da Defesa com controladores-bomba caso não obtenha o que deseja.