Nesta hora grave, em que o presidente da Venezuela transformou o Congresso do nosso querido Brasil numa espécie de George W. Bush de tanga, o ilustre parlamento não pode se omitir.
Temos o dever cívico de reagir à altura. O Comitê Olímpico Brasileiro precisa escalar o ex-deputado Roberto Jefferson como chefe da comissão técnica que marcará, depois da saída, uma conversinha com o tresloucado e boquirroto presidente.
O primeiro enviado especial a Caracas deverá ser o senador Arthur Virgílio. Ele é faixa-preta de jiu-jítsu e no mínimo tem a capacidade de nocautear adversários com suas frases de defeito.
Caso Virgílio perca num mata-leão, num kimura ou mesmo numa prosaica chávez-de-braço, mandaremos o senador Renan Calheiros, cujas costas são e estão quentes. Renan topa qualquer parada e, melhor ainda, é ruim de cair. Vem apanhando sem parar, qual um Mohammed Ali de Murici, e nada.
Caso Renan perca, outrossim, será escalado o deputado Ciro Gomes, cuja lendária valentia nada tem de lendária. Ele estava a ponto de sozinho transpor o rio São Francisco, afinal de contas.
Se o deputado perder de Chávez, restará na delegação congressista o deputado Jair Bolsonaro, o qual, como o mandatário venezuelano, é pára-quedista, o que dispensa comentários de natureza política e beligerante.
Nada disso dando certo, só nos restará cassar o senador Joaquim Roriz e todos os seus suplentes, transferir em tempo recorde o domicílio eleitoral do lutador de vale-tudo Wanderlei Silva para o Distrito Federal, elegê-lo senador, nem que seja com a ajuda do TRE local, e pronto. O Wanderlei, Chávez não pode vencer.