17 de agosto de 2007

A ARTE DO COICE

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— É que ontem o vizinho tava precisando de um umbigo sobressalente e, pra ser gentil, eu acabei emprestando o meu. Em troca, ele me deixou a cova de queixo dele. Foi isso. Tá explicado.
— Eu tô falando sério. Mesmo. Não me lembro dessa cova no teu queixo. Pelo menos, não assim.
— É, não sei. Talvez seja uma cova perdida. Ou órfã. Outro dia até vi uma campanha tocante na TV sobre a adoção de covas de queixo. Cê sabe que a maioria das pessoas só aceita adotar uma cova cônica ou cúbica, sem estrias, e deixam as covas irregulares e enrugadas para trás? Um absurdo!
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(Mais, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/08/cova.html)