17 de agosto de 2007

Um dia sem Senado

A maior reviravolta que o senador Renão Calheiros pode sofrer, caso tenha culpa no cartório, não é apenar deixar de presidir o Senado. Tampouco deixar o Legislativo.

A maior reviravolta é:

*viajar pela operosa TAM, overbooking e tudo, agora que perdeu o jatinho amigo do usineiro João Lyra do Delírio;

*acordar na fazenda com os galos cantando;

*passar no glamuroso frigorífico Mafrial pra tomar um café de desjejum e ver como estão os negócios;

*tentar falar com a operadora telefônica porque as linhas da aprazível Murici emperraram; consertadas as linhas, ver o tempo passar no alpendre, ainda assim sem receber telefonemas e tampouco telefonar.

*levar para almoçar Adriana Braga Cavalcanti Montenegro Duarte, a qual, por pobre, apresentara à Receita Federal declaração de isenta, diz Josias de Souza, mesmo tendo sido listada pelo auspicioso senador como compradora de seu gado;

*cochilar no alpendre;

*levar para jantar Cristiano Alberto Santos Duarte, outro pobre, que, diz Josias, também se apresentara à Receita como isento de Imposto de Renda e também foi listado como comprador de seu gado;

*buscar, sem sucesso, saber qual a manchete prevista pelos jornais da agora fervilhante Alagoas;

*tarde da noite, esperar a sra. Calheiros dormir para, sorrateiramente, enviar email para a jornalista Mônica Veloso, de modo a obter informações sobre a filha mais importante desde os tempos de Lurian.