O "carnaval de Notting Hill Gate", em Londres, deve atrair dois milhões de desocupados.
Já fui ver, por mera falta do que fazer. Se aquilo é carnaval, meu nome é Paul Newman. Pleased to meet you.
É chatíssimo. Pior do que musical em teatro (aqueles espetáculos em que atores se esgoelam ridiculamente para dizer berrando o que poderia ser falado), shows de jazz (aqueles em que bateristas fazem durante quarenta e cinco minutos malabarismos improvisados com as baquetas, com olhar catatônico e boca invariavelmente entreaberta), criança atuando em novela, subcelebridade pontificando sobre a rotina da vida de mãe , performances de mímicos, anúncios supostamente engraçadinhos, publicitários que se julgam gênios, jornalistas que se acham deuseus - enfim, todas estas cenas e personagens risíveis que, reunidos num palco imaginário, formam o elenco coadjuvante de nossa bela catástrofe diária.
Tudo para dizer que: quando estiver em Londres, não vá ao Carnaval de Notting Hill.
É programa de brasileiro vestido de índio.