O correspondente do New York Times, Larry Rother, logo vai deixar o país. Calma! Não é uma nova tentativa de expulsão pelo governo brasileiro. Apenas o jornalista deve caçar outros pinguços em outras regiões do planeta. Como Larry Rother está de malas arrumadas, alguns diplomatas poderiam dedicar parte do tempo ocioso a imaginar o que diria o presidente Lula na despedida ao americano que escreveu uma longa reportagem explicando aos leitores do influente jornal a paixão lulista sobre o etanol que passarinho não bebe. Imagine.
"E aí, Larry, vamos tomar a saideira?"
"Pô, Larry, foi mal. Mas eu pensei que você também era colega"
"Tudo bem, Larry, você ficou. Mas nunca confiei em ninguém que tomasse menos de meio litro por dia"
"Ok, Larry, aprenda. Beber é uma virtude. Se embriagar, canalhice"
"Tchau, Larry. Mas não se esqueça de mandar aquele bourbon para mim"
"Larry, você já escreveu de ressaca? É duro, não é? Imagine governar de ressaca!"
"Puxa, Larry, como vocês são caretas e puritanos. Não entendo como gostam mais de sangue do que de uísque"
"Aonde chega o cinema americano, chegam os seus produtos. O uísque chegou aqui. Você é contra Hollywood, Larry?"
"Quero que você saiba o seguinte, Larry. Bush é o que é hoje porque deixou de beber"
"Desce aí, Juliana, uma estupidamente gelada para o Larry".
"É isso, Larry, vou sentir saudades. O brasileiro é sentimental e enche logo a cara"
"Larry, sinceramente, você nunca entendeu o Brasil. Cachaça aqui é água"
"Virou as costas, Larry, vou logo pedir uma nova inscrição"
"O teu vôo parte de Congonhas, Larry?"