24 de julho de 2007

DE OBRAS E OBRADORES

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Não via no Brasil atitude tão enérgica [a de Lula com relação ao caos aéreo] desde que FHC fez sua maior obra. Não me refiro ao Plano Real, claro, nem, como poderiam pensar os mais malevos, estou utilizando a palavra “obra” em sentido escatológico.

Muito menos aludo à imensurável contribuição do ex-presidente para o progresso das artes e das ciências — particularmente do solipsismo, do sofismo e da tautologia —, mas ao grande impulso que deu à nação quando nos informou, durante sua administração, que não éramos mais um país “subdesenvolvido” e sim “em desenvolvi mento”.

Lance magistral com que, permutando quatro letras do alfabeto, tirou em segundos milhões de pessoas da linha de pobreza. E muitas outras ainda teriam saído da miséria se houvessem lido jornal por aqueles dias. Por aí temos uma idéia de como é perverso o analfabetismo.

(Mais substâncias de odor repulsivo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/em-defesa-do-enrgico-presidente-lula.html)