Se Alagoas é um estado praticamente sem senador, o que é quase bom, pode vir a ser um estado praticamente sem médico, o que é quase piada.
Da Agência Estado:
Os médicos da rede de saúde pública de Alagoas, em greve há mais de 40 dias, decidiram pedir demissão coletiva na quinta-feira caso o governo do Estado decida cortar dos salários dos grevistas os dias não trabalhados. A crise entre o Governo do Estado e a categoria se acirrou hoje com a confirmação do corte de até 90% nos salários dos médicos que estão em greve. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão, a categoria decidiu dar início à demissão coletiva, caso o governo não apresente uma contraproposta à reivindicação de reajuste salarial de 50% e não revogue a decisão de cortar os dias parados. O governo só aceita liberar um aumento salarial de no máximo 5%. "Diante da falta de sensibilidade do governo em resolver a questão, só nos resta cumprir o que foi estabelecido em assembléia e dar início às demissões coletivas, que deve ocorrer com o pedido de afastamento dos oito hematologistas do Hemocentro de Alagoas (Hemoal)", afirmou Galvão. "A partir daí outras especialidades deverão adotar a mesma medida, o que deve provocar o colapso total da saúde pública no Estado", avaliou.