11 de setembro de 2008

O SEXO DOS ÓCULOS

Ele esteve aqui em maio, quando falou sobre maníacos e behaviorismo. (Vejam os posts). Volta agora para dar pitaco nessa conversa de visionários em torno de um par de lentes, disputa em que se consegue fazer de axioma algo que se deriva – o que, aliás, já podemos considerar mais uma, talvez a maior, contribuição deste país de filósofos à cultura dos povos. Salve o Sopa!

Ele está, portanto, de volta: W. H. Auden. Não poderia faltar. Para o poeta, não se trata, como poderia parecer no caso, de uma discussão sobre o sexo dos óculos. Sem sua fantasia de abelhinha (de novo, vejam post antigo), ele adverte: "Um poeta tem apenas uma obrigação política, que é dar um exemplo do uso correto de sua língua mãe, que está sempre sendo corrompida."

Corolário (ou "axioma", se preferirem) de W. H. Auden: a força física prevalece quando as palavras perdem o significado.

Às armas, pois, senhores! Antes, porém, ao que interessa: nomes. Quem são os corruptores, os cegos para o plural? Como diria o poeta, we call a spade a spade.