11 de setembro de 2008

QUE GRANDE FALTA FAZ UM CONSELHEIRO NA HORA CERTA....

A humanidade seria mais feliz e mais bonita se um conselheiro aparecesse na hora certa para salvar os outros de vexames.

Que falta faz, oh Nossa Senhora Aparecida, alguém que....

1) cinco minutos antes do início dos shows, dissesse a Roberto Carlos que aquelas ombreiras, aquele cabelo de índia velha, aquele terninho azul são de um ridículo atroz. Se ele se livrasse desses apetrechos patéticos, só precisaria fazer outro grande favor à humanidade para ser absolvido: que jamais, nunca, never, sob hipótese alguma, voltasse a cantar aqueles versos capenguíssimos da chatíssima música "Emoções". Ninguém aguenta ouvir. Já deu o que tinha de dar. Pior do que "e as mesmas emoções sentindo" só aquele verso imortal - o do cachorro que latiu sorrindo. Au-au-rá-rá-rá. Deve ter sido assim.

Que falta faz, oh, Nossa Senhora das Dores, alguém que....

2) um minuto antes de o fotógrafo entrar em ação, dissesse a Milton Nascimento que aquelas trancinhas afro são de um atroz ridículo. Ficaram patéticas. O fato de serem afro não as redime.
Que se danem as patrulhas politicamente corretas.

Que falta faz, oh, Nossa Senhora da Conceição, alguém que...

3) dois minutos antes do início da gravação da novela "A Favorita", dissesse àquele ator, José Mayer, que o papel de hippie velho escrito para ele pelo autor é uma das coisas mais patéticas já encenadas diante de uma câmera no Cone Sul da América e arredores.

Que falta faz, oh, Nossa Senhora do Bom Parto, alguém que....

4) dissesse a todos os artistas e celebridades em geral que, em nome de Deus, por favor, quando forem falar de alguém que morreu, jamais pronunciem idiotices indefensáveis do tipo: "Agora ele deve estar feliz lá no céu, ao lado de fulano, fulano e fulano....". Por que não ficam calados ?
O defunto não deve estar feliz não, oh, paspalhos. O coração parou de bater; o sangue já não circula; os demais músculos estão irremediavelmente paralisados; os neurônios se dissolveram; a visão, o olfato, a audição, o tato,o paladar, tudo deixou de funcionar: o corpo virou uma carcaça inútil que, em lugares civilizados, é imediatamente cremada para não poluir a terra. O azul do céu é uma ilusão de ótica. Ainda que o céu religioso existisse, não haveria espaço para tanta gente. O inferno é outra invenção: não existe nada debaixo da terra. Então, parem de dizer idiotices supostamente poéticas quando forem falar dos mortos. É melhor é desejar a eles,sinceramente, uma cremação rápida. That´s all.