21 de junho de 2007

Há algo no ar

Vamos contribuir para melhorar o nível intelectual dos "estrangeiros" da seleção brasileira. Na parada obrigatória do próximo apagão, os jovens mercenários da camisa amarela poderão consumir o eurotempo lendo este poema escrito em 1954 (lembrem-se do vexame do escrete na Copa da Suiça. 4x2 para a Hungria) pelo poeta pernambucano Manuel Bandeira. Vamos lá, mercenas, fiquem ligados.

Discurso em Louvor da Aeromoça (Manuel Bandeira)

Aeromoças, aeromoças,
Que pisais o chão
Com donaire novo,
Não pareceis baixar de céus
atuais
Mas dos antigos,
Quando na Grécia os deuses
ainda vinham se
misturar com
os homens.
Píndaro gostaria de cantar o
vosso quotidiano heroísmo, tão simples, a vossa
graça, a vossa bondade. No entanto, nada mais moderno do que vós, ó sorrisos
bonitos de chegada e partida nos aeroportos.
Quem sem verdade e sem alma vos classificou de aeroviárias
A vós, autênticas aeronautas, irmãs intrépidas dos aviadores?