25 de julho de 2007

A obscuridade verbal é a casamata dos imbecis

Rindo, T. S. Eliot contava a história de haver conseguido aprovar sua tese de filosofia se valendo de um texto propositadamente ininteligível. É muito comum na área jurídica, onde a maioria dos profissionais NÃO sabe escrever, o advogado escrever petições que nem ele sabe o que quer dizer. O juiz, com receio de parecer ignorante, concede qualquer coisa - isso quando entende o que foi pedido, claro.

O que quero dizer é que a obscuridade verbal é a casamata dos imbecis. São eles que lapidam a arte de fazer firulas incompreensíveis na esperança de: 1) provarem uma tese tosca (quando tese há); 2) parecem inteligentíssimos. Não canso de imaginar um concurso no qual o vencedor seria aquele que conseguisse equilibrar, o maior tempo possível, um livro do Chacal na ponta do nariz. Chacal, você sabe, é o “artista da poesia” carioca cujos livros não ficam em pé, assim como sua poesia.

(Texto completo aqui)