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Um teólogo, com tempo disponível para produzir frases ilegíveis em cursos de pós-graduação, bem que poderia escrever uma tese sobre um óbvio efeito da Internet : a dessacralização absoluta do chamado "jornalismo opinativo". Hoje, todo mundo opina sobre tudo na Galáxia Blogueira. Democratizou-se o achismo. A outrora grande platéia se dividiu em milhões de partículas.
Dizei, McLuhan: o que é que sobrará, depois da peneira ?
31 de julho de 2007
NA PRAIA DE NUDISMO
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— Tenta agir naturalmente, Ademar. Faz de conta que a gente tá no shopping.
— Eu não sei por onde você tem andado, Sandra Regina, mas eu não me recordo de ter visto pintos balançando da última vez que eu fui no Iguatemi.
— Relaxa, Ademar! E vê se não fica olhando fixo. É proibido.
— Você devia dizer isso pro Zé Ramalho ali, ó.
— Que Zé Ramalho? Aquele homem? Mas se ele tá agachado, de costas pra gente, Ademar!
— Pois é. (cantando) “Um olho cego vagueia, procurando por um”. Confesso já vi paisagens melhores.
(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/06/na-praia-de-nudismo.html)
— Tenta agir naturalmente, Ademar. Faz de conta que a gente tá no shopping.
— Eu não sei por onde você tem andado, Sandra Regina, mas eu não me recordo de ter visto pintos balançando da última vez que eu fui no Iguatemi.
— Relaxa, Ademar! E vê se não fica olhando fixo. É proibido.
— Você devia dizer isso pro Zé Ramalho ali, ó.
— Que Zé Ramalho? Aquele homem? Mas se ele tá agachado, de costas pra gente, Ademar!
— Pois é. (cantando) “Um olho cego vagueia, procurando por um”. Confesso já vi paisagens melhores.
(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/06/na-praia-de-nudismo.html)
A bruxa de Portobello
Que o maior escritor brasileiro vivo, Saramago Coelho, não escreva sobre o Brasil, está certo. Faz ele muito bem.
Agora, que ele tenha ido à apresentação, para a imprensa, da proposta brasileira para sediar a Copa do Mundo...?
Pé de coelho em Zurique?
É bem verdade que a egrégia cidade foi fundada magicamente - seu mito de fundação envolve dois decepados, Felix 'und' Regula, cujos corpos andaram até o local em que seriam sepultados.
Assim sendo, doravante queremos Paulo Coelho também:
na investigação do acidente da TAM;
na investigação pecuário-senatorial;
no exame do recurso de Cássio Cunha Lima no TSE;
e no BNDES, para a auditoria das contas do trem-bala.
Agora, que ele tenha ido à apresentação, para a imprensa, da proposta brasileira para sediar a Copa do Mundo...?
Pé de coelho em Zurique?
É bem verdade que a egrégia cidade foi fundada magicamente - seu mito de fundação envolve dois decepados, Felix 'und' Regula, cujos corpos andaram até o local em que seriam sepultados.
Assim sendo, doravante queremos Paulo Coelho também:
na investigação do acidente da TAM;
na investigação pecuário-senatorial;
no exame do recurso de Cássio Cunha Lima no TSE;
e no BNDES, para a auditoria das contas do trem-bala.
SAPIENS X NEANDERTAIS
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— Ok, Aílton, nós estamos aqui com o craque do time dos Neandertais, Wanderclei, que parece estar bastante motivado para a disputa. E aí, Wander, vocês ganham esse jogo ou não?
— Uh-hu! Hu-ha-ha!
— É isso aí, meus amigos. Ele é só euforia. Qual a tática que vocês vão usar nesse certame, Wander? Será que você pode adiantar para os nosso ouvintes? Wander? Wan... Bem, ele agora come um pouco de grama, faz suas necessidades fisiológicas ali no canto... Vamos respeitar o momento. Isso. E então, Wander? Vocês contam com a superioridade física e parecem ter maior capacidade de raciocínio. Os Sapiens representam uma ameaça?
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/na-pr-histria.html)
— Ok, Aílton, nós estamos aqui com o craque do time dos Neandertais, Wanderclei, que parece estar bastante motivado para a disputa. E aí, Wander, vocês ganham esse jogo ou não?
— Uh-hu! Hu-ha-ha!
— É isso aí, meus amigos. Ele é só euforia. Qual a tática que vocês vão usar nesse certame, Wander? Será que você pode adiantar para os nosso ouvintes? Wander? Wan... Bem, ele agora come um pouco de grama, faz suas necessidades fisiológicas ali no canto... Vamos respeitar o momento. Isso. E então, Wander? Vocês contam com a superioridade física e parecem ter maior capacidade de raciocínio. Os Sapiens representam uma ameaça?
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/na-pr-histria.html)
Da série 'Hein?'
Da 'Folha':
'Humberto Costa elogia escolha de Jobim para Ministério da Defesa'
E daí?
'Humberto Costa elogia escolha de Jobim para Ministério da Defesa'
E daí?
EM DEFESA DA CRIAÇÃO DOS DESMEMORIADOS E DISTRAÍDOS ANÔNIMOS (DDA)
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O problema a que aludo e que, quando menos, me dá de antemão a oportunidade de realizar um sonho de infância ao usar o verbo “aludir”, é este: por que será que, existindo instituições sérias e louváveis como os Alcoólicos Anônimos (AA) e os Cocainômanos Anônimos (CA), não se seguiu o seu exemplo para criar no país os Desmemoriados e Distraídos Anônimos (DDA)?
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Quanto a mim, que parei de beber faz tempo, dedicando-me atualmente apenas à ingestão do álcool diluído em farinha, e que só encaro pó em ocasiões especiais, como o dia da faxina, não sentiria falta dos dois primeiros. Mas, sendo portador de uma memória e de uma percepção de ameba morta (sem ofensa aos rizópodes), confesso que me incluiria resignado entre os freqüentadores do último grupo.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/03/desmemoriados-e-distrados-annimos.html)
O problema a que aludo e que, quando menos, me dá de antemão a oportunidade de realizar um sonho de infância ao usar o verbo “aludir”, é este: por que será que, existindo instituições sérias e louváveis como os Alcoólicos Anônimos (AA) e os Cocainômanos Anônimos (CA), não se seguiu o seu exemplo para criar no país os Desmemoriados e Distraídos Anônimos (DDA)?
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Quanto a mim, que parei de beber faz tempo, dedicando-me atualmente apenas à ingestão do álcool diluído em farinha, e que só encaro pó em ocasiões especiais, como o dia da faxina, não sentiria falta dos dois primeiros. Mas, sendo portador de uma memória e de uma percepção de ameba morta (sem ofensa aos rizópodes), confesso que me incluiria resignado entre os freqüentadores do último grupo.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/03/desmemoriados-e-distrados-annimos.html)
WOODY ALLEN : "QUERO A IMORTALIDADE NO MEU APARTAMENTO!"
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GMN : Fazer filmes, no fim das contas, é a melhor maneira de superar a morte – ou pelo menos ter a ilusão de que é possível?
Woody Allen: “Não há como superar a morte. O que cada um deve fazer é se esforçar bastante para se encontrar em suas tarefas, seja você um diretor de cinema, um motorista de táxi, um dentista ou um professor. Se você se concentra no trabalho, não vai ficar pensando na morte. Se, pelo contrário, você não pode se concentrar, a mente vai começar a se ocupar dessa nuvem escura que nos acompanha o tempo todo. Fica difícil, então. O fato de ser diretor de cinema não nos torna menos vulneráveis...”.
GMN : Mas, nesse sentido, há sim, uma diferença entre o motorista de táxi e o diretor de cinema, porque um ator ou um realizador de certa maneira não morre: daqui a cem anos alguém poderá estar vendo Woody Allen numa tela...
Woody Allen: “Mas eu não me preocupo em atingir a imortalidade através do meu trabalho. Eu quero a imortalidade é no meu apartamento! Isso é que conta! Imortalidade artística é catolicismo de intelectual. Os católicos pensam que existe vida depois da morte. Intelectuais que eventualmente podem nem ter relação alguma com o catolicismo pensam que existe vida depois da morte através da arte. Mas os dois estão errados.”.
GMN : Se um crítico disser que você é um gênio e outro disser que você é um idiota, em qual dos dois você teria a tentação de acreditar?
Woody Allen: “Não leio nada que sai sobre mim nas resenhas. Porque tenho uma tendência de acreditar na última coisa que eu li. Se o crítico de um jornal escrever ‘esta pessoa é um gênio’, vou pensar aqui comigo: ‘Ah é? Sou gênio porque foi o New York Times que disse... ’ Se, por outro lado, alguém escrever ‘ele é um tolo; o filme não presta’, vou pensar: ‘Eu realmente fiz um filme ruim. Sou um bobo. ‘.A verdade é que coisas assim não são reais, não têm nenhuma relevância para um projeto. O fato de dez milhões de pessoas dizerem algo sobre um filme – ‘é ótimo ou ‘é horrível’ – não significa nada".
GMN : Você divide os realizadores em duas categorias: os que fazem prosa e os que fazem poesia. Woody Allen faz o quê: poesia ou prosa?
Woody Allen: “Todo diretor tem filmes que adotam uma abordagem poética – e outros que utilizam a prosa. Filmes meus, como ‘Bullets Over Broadway’ e ‘Manhattan Murder Mistery’, são prosa. Já ‘Another Woman’ é poético.”
GMN : Quem é o melhor poeta da história do cinema?
Woody Allen: “Ingmar Bergman. Para mim, é o melhor. Kurosawa, com certeza, é um grande poeta. Bunnuel, igualmente. Os três são os maiores poetas.”
(aqui, a entrevista completa: http://www.geneton.com.br/archives/000070.html)
GMN : Fazer filmes, no fim das contas, é a melhor maneira de superar a morte – ou pelo menos ter a ilusão de que é possível?
Woody Allen: “Não há como superar a morte. O que cada um deve fazer é se esforçar bastante para se encontrar em suas tarefas, seja você um diretor de cinema, um motorista de táxi, um dentista ou um professor. Se você se concentra no trabalho, não vai ficar pensando na morte. Se, pelo contrário, você não pode se concentrar, a mente vai começar a se ocupar dessa nuvem escura que nos acompanha o tempo todo. Fica difícil, então. O fato de ser diretor de cinema não nos torna menos vulneráveis...”.
GMN : Mas, nesse sentido, há sim, uma diferença entre o motorista de táxi e o diretor de cinema, porque um ator ou um realizador de certa maneira não morre: daqui a cem anos alguém poderá estar vendo Woody Allen numa tela...
Woody Allen: “Mas eu não me preocupo em atingir a imortalidade através do meu trabalho. Eu quero a imortalidade é no meu apartamento! Isso é que conta! Imortalidade artística é catolicismo de intelectual. Os católicos pensam que existe vida depois da morte. Intelectuais que eventualmente podem nem ter relação alguma com o catolicismo pensam que existe vida depois da morte através da arte. Mas os dois estão errados.”.
GMN : Se um crítico disser que você é um gênio e outro disser que você é um idiota, em qual dos dois você teria a tentação de acreditar?
Woody Allen: “Não leio nada que sai sobre mim nas resenhas. Porque tenho uma tendência de acreditar na última coisa que eu li. Se o crítico de um jornal escrever ‘esta pessoa é um gênio’, vou pensar aqui comigo: ‘Ah é? Sou gênio porque foi o New York Times que disse... ’ Se, por outro lado, alguém escrever ‘ele é um tolo; o filme não presta’, vou pensar: ‘Eu realmente fiz um filme ruim. Sou um bobo. ‘.A verdade é que coisas assim não são reais, não têm nenhuma relevância para um projeto. O fato de dez milhões de pessoas dizerem algo sobre um filme – ‘é ótimo ou ‘é horrível’ – não significa nada".
GMN : Você divide os realizadores em duas categorias: os que fazem prosa e os que fazem poesia. Woody Allen faz o quê: poesia ou prosa?
Woody Allen: “Todo diretor tem filmes que adotam uma abordagem poética – e outros que utilizam a prosa. Filmes meus, como ‘Bullets Over Broadway’ e ‘Manhattan Murder Mistery’, são prosa. Já ‘Another Woman’ é poético.”
GMN : Quem é o melhor poeta da história do cinema?
Woody Allen: “Ingmar Bergman. Para mim, é o melhor. Kurosawa, com certeza, é um grande poeta. Bunnuel, igualmente. Os três são os maiores poetas.”
(aqui, a entrevista completa: http://www.geneton.com.br/archives/000070.html)
Ontem, na Academia...
... cometi a imprudência de ficar discutindo com um japa fortão, que estava lá para desenvolver, comigo e a minha boa vontade, uma tal de programa de resultados. Quando ele falou em músculos neuro-sei-lá-o-quê eu quase ri, mas confesso que tive medo do braço do cara. Depois ele me disse, querendo me incentivar a fazer musculação, que "a gente luta contra a lei da gravidade". Pô, e gosto da gravidade! Não quero lutar contra ela, não.
Aí fiquei pensando... Mas, como estava na Academia, esqueci rapidinho.
Aí fiquei pensando... Mas, como estava na Academia, esqueci rapidinho.
Bateu o desespero
Ontem Bergman, hoje Antonioni.
Será que alguém pode dar uma olhada no Woody Allen, só pra se certificar de que está tudo bem com o homem, por favor.
Será que alguém pode dar uma olhada no Woody Allen, só pra se certificar de que está tudo bem com o homem, por favor.
PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA - 2
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-Como fulano escreve ! Quantos livros você acha que ele publicou ?
-Até a semana passada, devia estar beirando os quinhentos quilos.
Joel Silveira, datilografado por GMN
-Como fulano escreve ! Quantos livros você acha que ele publicou ?
-Até a semana passada, devia estar beirando os quinhentos quilos.
Joel Silveira, datilografado por GMN
PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA
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Costuma-se dizer que todo tradutor é um traidor. É possível, mas pergunto:
quantos de nossos escritores, particularmente os ficcionistas de má prosa, já não foram beneficiados pela paciente e oportuna recauchutagem dos tradutores, quero dizer, dos traidores lá de fora ?
Joel Silveira, datilografado por GMN
Costuma-se dizer que todo tradutor é um traidor. É possível, mas pergunto:
quantos de nossos escritores, particularmente os ficcionistas de má prosa, já não foram beneficiados pela paciente e oportuna recauchutagem dos tradutores, quero dizer, dos traidores lá de fora ?
Joel Silveira, datilografado por GMN
O oitavo selo
Do colega Gustal:
A morte precisa dar um tempo
A pergunta que fica é: um dia depois de o Bergman ter sido aclamado como "o maior diretor do pós-guerra", "o cineasta europeu que mais influenciou o cinema", "o realizador de filmes que retratou uma angústia de uma geração", que elegias fúnebres sobraram para o Antonioni?
A morte precisa dar um tempo
A pergunta que fica é: um dia depois de o Bergman ter sido aclamado como "o maior diretor do pós-guerra", "o cineasta europeu que mais influenciou o cinema", "o realizador de filmes que retratou uma angústia de uma geração", que elegias fúnebres sobraram para o Antonioni?
O MAIOR CLÁSSICO DA PRÉ-HISTÓRIA
— Bom, Ari, eu tô aqui com o Robcleiton, ponta-de-lança da equipe dos Sapiens. E aí Robcleiton, o que é que você espera do embate de logo mais?
— Bem, a equipe tá bem armada e o professor passou as instrução e se o espírito do raio e das árvore quiser, a gente vamos conseguir um bom resultado.
— Vocês tão preparados para se defender dos avanços do time adversário?
— Com certeza. A gente sabemos que temos de respeitar o time dos Neandertais e que ele é um time de tradição e eles têm uma grande força muscular e o cérebro bastante desenvolvido, mas a gente contamos com o trabalho de equipe.
(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/na-pr-histria.html)
30 de julho de 2007
Habermas Papa
'Quando todo mundo se diz autor, não pode haver arte, informação confiável, público.'
Palavras de Andrew Keen, entrevistado pela 'Folha'.
A habitual irrelevância dos intelectuais e suas igrejinhas - no fim das contas, intelectuais servem para formar intelectuais - ganhou feições de urso polar. Mais um pouco teremos estudantes nuas em photo-ops clamando pela preservação da espécie.
Keen, Habermas e companhia se sentem ameaçados pela web 2.0. Sem a edição do expert, o saber é anárquico e perigoso.
Ora:
1. Tudo o que um intelectual não quer é um mundo de intelectuais. Tal mundo nunca existiu nem nunca existirá. Imagine viver num conjunto habitacional cercado de FHCs.
2. Antes, a gentalha vivia off-line. Se as massas preferirem YouTube a Bergman, ótimo. A diferença é que não havia YouTube quando elas já ignoravam Bergman. O mundo é o que é, não o que devia ser. Se Lindsay Lohan fosse PhD e ainda assim da pá virada, que maravilha seria viver.
3. Quando e se a cultura morrer, Habermas e Keen vão estar mortos. A menos que acreditem na Academia Brasileira de Letras.
4. No fundo, diz Keen, a discussão é moral. Ele teme o fim da 'essencial âncora epistemológica da verdade'. A verdade é que existem assassinos e não-assassinos. Ninguém é capaz de deletar esta verdade. O resto são financistas, políticos, cientistas e empreendedores. Intelectuais estão quase no fim da cadeia alimentar, duas casas à frente dos traficantes e uma atrás das socialites.
Palavras de Andrew Keen, entrevistado pela 'Folha'.
A habitual irrelevância dos intelectuais e suas igrejinhas - no fim das contas, intelectuais servem para formar intelectuais - ganhou feições de urso polar. Mais um pouco teremos estudantes nuas em photo-ops clamando pela preservação da espécie.
Keen, Habermas e companhia se sentem ameaçados pela web 2.0. Sem a edição do expert, o saber é anárquico e perigoso.
Ora:
1. Tudo o que um intelectual não quer é um mundo de intelectuais. Tal mundo nunca existiu nem nunca existirá. Imagine viver num conjunto habitacional cercado de FHCs.
2. Antes, a gentalha vivia off-line. Se as massas preferirem YouTube a Bergman, ótimo. A diferença é que não havia YouTube quando elas já ignoravam Bergman. O mundo é o que é, não o que devia ser. Se Lindsay Lohan fosse PhD e ainda assim da pá virada, que maravilha seria viver.
3. Quando e se a cultura morrer, Habermas e Keen vão estar mortos. A menos que acreditem na Academia Brasileira de Letras.
4. No fundo, diz Keen, a discussão é moral. Ele teme o fim da 'essencial âncora epistemológica da verdade'. A verdade é que existem assassinos e não-assassinos. Ninguém é capaz de deletar esta verdade. O resto são financistas, políticos, cientistas e empreendedores. Intelectuais estão quase no fim da cadeia alimentar, duas casas à frente dos traficantes e uma atrás das socialites.
Iraque, capital Recife
DO BLOG DO JAMILDO:
Pernambuco: mais de mil homicídios em três meses.
A última atualização do PEbodycount contabiliza a triste marca de 1.009 assassinatos desde que o blog foi lançado, no último 1º de maio.
São três meses contabilizando homicídios. Isso dá uma média de 335 pessoas mortas por mês no Estado, ou seja uma média de aproximadamente 11 assassinatos por dia.
E tem gente comemorando que o fim de semana retrasado foi o mais tranqüilo do ano, com “apenas” 26 vítimas fatais letais intencionais.
Acesse o PEbodycount aqui.
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Pernambuco: mais de mil homicídios em três meses.
A última atualização do PEbodycount contabiliza a triste marca de 1.009 assassinatos desde que o blog foi lançado, no último 1º de maio.
São três meses contabilizando homicídios. Isso dá uma média de 335 pessoas mortas por mês no Estado, ou seja uma média de aproximadamente 11 assassinatos por dia.
E tem gente comemorando que o fim de semana retrasado foi o mais tranqüilo do ano, com “apenas” 26 vítimas fatais letais intencionais.
Acesse o PEbodycount aqui.
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Pernambuco hoje é a plenitude da "aparente tranqüilidade", para usar uma expressão corrente dos melhores telejornais do ramo.
Réquiem para o sueco que lutou contra o fisco
Pela última vez: os militares e os filmes de Bergman acabaram com a juventude de muitos brasileiros, inclusive com a minha.
TELEMARKETING NO CÉU
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— O Senhor está no setor de Fotogênese e Ontogenia. Para criar a Luz, disque 1. Para criar o sistema solar, disque 2. Para criar o homem, disque 3. Para saber a idade da Hebe Camargo, disque 4. Para reclamações quanto à Criação, disque 5 ou aguarde que um dos nossos filósofos metafísicos irá atendê-lo.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/03/o-mito-da-criao-sob-perspectiva-de-uma.html)
— O Senhor está no setor de Fotogênese e Ontogenia. Para criar a Luz, disque 1. Para criar o sistema solar, disque 2. Para criar o homem, disque 3. Para saber a idade da Hebe Camargo, disque 4. Para reclamações quanto à Criação, disque 5 ou aguarde que um dos nossos filósofos metafísicos irá atendê-lo.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/03/o-mito-da-criao-sob-perspectiva-de-uma.html)
Uma confissão
Ainda há pouco eu estava no banho, assim pensando na vida, quando me veio uma vontade danada de vaiar.
Vaiei. E vaiei com gosto. UUUUUUUUUUUUUUUUUUUU. Só não assobiei com os dois dedos na boca porque não sei.
Vaiei mais. Vaiei por uns cinco minutos.
E você? Já vaiou seu presidente hoje?
Vaiei. E vaiei com gosto. UUUUUUUUUUUUUUUUUUUU. Só não assobiei com os dois dedos na boca porque não sei.
Vaiei mais. Vaiei por uns cinco minutos.
E você? Já vaiou seu presidente hoje?
Nos blogs hoje e nos jornais amanhã
O pior é que não consigo achar que os blgos sejam melhores do que os jornais, como vários entusiastas de plantão. ok, há uns dois ou três que valem a pena. Mas o resto é, reparem, reverberação de uma mesma idéia.
A morte do cineasta Ingmar Bergman é um bom exemplo. Dê uma volta e repare como todo mundo está falando do soporífero diretor como se fosse assim um Spielberg cheio de apelo popular. Incrível como todo mundo viu e reviu O Sétimo Selo, Morangos Silvestres e Gritos e Sussurros.
(Nossa, me dá sono só de escrever os títulos dos filmes...)
E o pior é que, de hoje a domingo, todos os colunistas de jornais dirão a mesma coisa, com as mesmas palavras e até o mesmo veredito: era o mais literário dos cineastas.
A vantagem da blogosfera, neste caso, é que amanhã já estarão falando sobre outro assunto qualquer: se cair um avião estarão indignados por uns quinze minutos, se um assessor do presidente mandar a gente se foder reclamarão em duas linhas, se a bolsa cair se tornarão imediatamente, e por cinco minutos, analistas econômicos e, entre uma e outra coisa destas, dirão que tudo é culpa do Bush e do Papa.
A morte do cineasta Ingmar Bergman é um bom exemplo. Dê uma volta e repare como todo mundo está falando do soporífero diretor como se fosse assim um Spielberg cheio de apelo popular. Incrível como todo mundo viu e reviu O Sétimo Selo, Morangos Silvestres e Gritos e Sussurros.
(Nossa, me dá sono só de escrever os títulos dos filmes...)
E o pior é que, de hoje a domingo, todos os colunistas de jornais dirão a mesma coisa, com as mesmas palavras e até o mesmo veredito: era o mais literário dos cineastas.
A vantagem da blogosfera, neste caso, é que amanhã já estarão falando sobre outro assunto qualquer: se cair um avião estarão indignados por uns quinze minutos, se um assessor do presidente mandar a gente se foder reclamarão em duas linhas, se a bolsa cair se tornarão imediatamente, e por cinco minutos, analistas econômicos e, entre uma e outra coisa destas, dirão que tudo é culpa do Bush e do Papa.
O MITO DA CRIAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DE UMA ATENDENTE DE TELEMARKETING
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No princípio era o Gerúndio. E Deus pegou o telefone e disse:
— A gente vai estar fazendo a Luz!
Mas a luz não se fez, porque uma atendente O mandou esperar na linha, por favor. E Deus teve que aguardar um bilhão de anos, ouvindo Für Elise. E quando foi atendido, Deus repetiu:
— A gente vai estar fazendo a Luz! E isso vai estar sendo uma ordem!
E a voz do outro lado disse:
— Desculpe, Senhor, mas Luz não vai estar sendo neste setor. Eu vou estar encaminhando o Senhor para o setor de Fotogênese e Ontogenia.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/03/o-mito-da-criao-sob-perspectiva-de-uma.html)
No princípio era o Gerúndio. E Deus pegou o telefone e disse:
— A gente vai estar fazendo a Luz!
Mas a luz não se fez, porque uma atendente O mandou esperar na linha, por favor. E Deus teve que aguardar um bilhão de anos, ouvindo Für Elise. E quando foi atendido, Deus repetiu:
— A gente vai estar fazendo a Luz! E isso vai estar sendo uma ordem!
E a voz do outro lado disse:
— Desculpe, Senhor, mas Luz não vai estar sendo neste setor. Eu vou estar encaminhando o Senhor para o setor de Fotogênese e Ontogenia.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/03/o-mito-da-criao-sob-perspectiva-de-uma.html)
Jamais cantei tão lindo assim
A imprensa do nosso querido Brasil, como de resto a imprensa do nosso querido mundo, sempre reserva um cantinho para George Clooney projetar seu ego humanitário.
Hoje, em Tóquio, ele usou da Muralha da China para metaforizar a dificuldade que é pressionar os chineses. "A China construiu a Grande Muralha, e não acho que eles de fato liguem, se as pessoas lhes digam o que fazer. E você não pode dizer às pessoas o que fazer, não podemos forçá-los."
É nesta hora que falta ao nosso querido Brasil a contraparte.
'O ator Reinaldo Gianecchini, por intermédio de sua assessoria de imprensa, disse hoje que espera que o Paquistão "acabe logo com essa palhaçada" de abrigar talibãs. "O Paquistão construiu os Jardins de Shalimar em Lahore, e não acho que eles de fato liguem, se as pessoas lhes digam o que fazer. E você não pode dizer às pessoas o que fazer, não podemos forçá-los."
Hoje, em Tóquio, ele usou da Muralha da China para metaforizar a dificuldade que é pressionar os chineses. "A China construiu a Grande Muralha, e não acho que eles de fato liguem, se as pessoas lhes digam o que fazer. E você não pode dizer às pessoas o que fazer, não podemos forçá-los."
É nesta hora que falta ao nosso querido Brasil a contraparte.
'O ator Reinaldo Gianecchini, por intermédio de sua assessoria de imprensa, disse hoje que espera que o Paquistão "acabe logo com essa palhaçada" de abrigar talibãs. "O Paquistão construiu os Jardins de Shalimar em Lahore, e não acho que eles de fato liguem, se as pessoas lhes digam o que fazer. E você não pode dizer às pessoas o que fazer, não podemos forçá-los."
QUAL É O MAIOR PROBLEMA DA LITERATURA, AFINAL ?
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É impressão, ilusão de ótica, ou os sites e blogs estão mais animados do que os nossos jornais e revistas ?
Um exemplo ?
Sérgio Rodrigues aplica o seguinte teste de múltipla escolha, no Todo Prosa:
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"Qual é o maior problema da literatura brasileira?
( ) Os escritores não sabem escrever.
( ) Os leitores não sabem ler.
( ) Os críticos não sabem criticar.
( ) Os blogueiros se acham escritores.
( ) Os comentaristas de blog se acham críticos.
( ) Os críticos dos comentaristas de blog se acham.
( ) Os críticos dos comentaristas dos críticos dos comentaristas de blog… hã, onde estávamos mesmo?
( ) Ser brasileira demais.
( ) Não ser suficientemente brasileira.
( ) Não ser literatura.
( ) Literatura brasileira? Onde?
( ) Vai ler um livro e não me enche o saco."
(aqui, o debate entre internautas http://www.todoprosa.com.br/)
É impressão, ilusão de ótica, ou os sites e blogs estão mais animados do que os nossos jornais e revistas ?
Um exemplo ?
Sérgio Rodrigues aplica o seguinte teste de múltipla escolha, no Todo Prosa:
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"Qual é o maior problema da literatura brasileira?
( ) Os escritores não sabem escrever.
( ) Os leitores não sabem ler.
( ) Os críticos não sabem criticar.
( ) Os blogueiros se acham escritores.
( ) Os comentaristas de blog se acham críticos.
( ) Os críticos dos comentaristas de blog se acham.
( ) Os críticos dos comentaristas dos críticos dos comentaristas de blog… hã, onde estávamos mesmo?
( ) Ser brasileira demais.
( ) Não ser suficientemente brasileira.
( ) Não ser literatura.
( ) Literatura brasileira? Onde?
( ) Vai ler um livro e não me enche o saco."
(aqui, o debate entre internautas http://www.todoprosa.com.br/)
ÉÉÉÉÉ... DO BRASIL!!!!
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Quanto à afirmação de que os rios são poluídos [no Brasil], só nos resta rir, porque apenas um tolo pode desconhecer o fato de que as nascentes brasileiras, desde finais do século passado, não contêm uma única partícula de oxigênio, tendo sido o nosso o primeiro país no mundo a eliminar essa substância tóxica de suas águas.
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(Mais defesa do mulato inzoneiro, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/justa-indignao-de-nossos-patriotas.html)
Quanto à afirmação de que os rios são poluídos [no Brasil], só nos resta rir, porque apenas um tolo pode desconhecer o fato de que as nascentes brasileiras, desde finais do século passado, não contêm uma única partícula de oxigênio, tendo sido o nosso o primeiro país no mundo a eliminar essa substância tóxica de suas águas.
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(Mais defesa do mulato inzoneiro, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/justa-indignao-de-nossos-patriotas.html)
INGMAR BERGMAN FOI DESCANSAR
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Ingmar Bergman morreu. Adolescente, a gente aprendia com ele que o tédio tinha certidão de nascimento: era sueco.
Ingmar Bergman morreu. Adolescente, a gente aprendia com ele que o tédio tinha certidão de nascimento: era sueco.
Pergunto pra ofender mesmo
Em 2010, na hora da eleição, você vai protestar vaiando em frente à urna?
(Maturidade...)
(Maturidade...)
O melhor jornal do Brasil é uma droga
Uma semana depois de começar a receber o Estadão na porta da minha casa, ligue para pedir o cancelamento da assinatura. Como sempre, nestes casos, minha ligação foi direcionada para uma Central de Relacionamento. Uma mulher com voz de senhora me atendeu, perguntando, lógico, o motivo de cancelamento tão abrupto.
Não me leve a mal, comecei, simplesmente porque aprendi, ou melhor, reaprendi, que os funcionários de empresas tendem a levar tudo para o lado pessoal. Não me leve a mal, eu acho o Estadão o melhor jornal do Brasil, continuei. E é verdade. O Estadão é de fato o melhor jornal do Brasil. Eu não estava sendo apenas educado. Mas, para mim, o melhor jornal do Brasil é uma droga, eu disse.
Mais você lê aqui.
NOVO PRODUTO DE EXPORTAÇÃO
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Dá-se vaia - municipal, estadual, federal e internacional. Tratar no Maracanã.
Dá-se vaia - municipal, estadual, federal e internacional. Tratar no Maracanã.
PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA - 2
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Telegrama de Curitiba: "O senhor está convidado para um debate com os estudantes daqui".
Nem pensar. O que sei eles não sabem. O que eles sabem eu não sei.
Joel Silveira, datilografado por GMN
Telegrama de Curitiba: "O senhor está convidado para um debate com os estudantes daqui".
Nem pensar. O que sei eles não sabem. O que eles sabem eu não sei.
Joel Silveira, datilografado por GMN
PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA
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Sempre que eu telefonava para Noel Nutels, me queixando de uma dorzinha ou de um achaque qualquer, a resposta era invariável:
-Você está consultando a pessoa errada ! Já lhe disse que não sou veterinário.
Joel Silveira, datilografado por GMN
Sempre que eu telefonava para Noel Nutels, me queixando de uma dorzinha ou de um achaque qualquer, a resposta era invariável:
-Você está consultando a pessoa errada ! Já lhe disse que não sou veterinário.
Joel Silveira, datilografado por GMN
O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO
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Para começo de conversa, dizer que no Rio de Janeiro só há favelas é de uma leviandade formidolosa. As pessoas instruídas sabem perfeitamente que no máximo noventa por cento da cidade são tomados por moradias desse tipo.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/justa-indignao-de-nossos-patriotas.html)
Para começo de conversa, dizer que no Rio de Janeiro só há favelas é de uma leviandade formidolosa. As pessoas instruídas sabem perfeitamente que no máximo noventa por cento da cidade são tomados por moradias desse tipo.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/justa-indignao-de-nossos-patriotas.html)
29 de julho de 2007
Próteses republicanas
PEQUENA ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO ESPANTO
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Acabou o Pan. Vêm aí as Olimpíadas de Pequim.
Ah, Nossa Senhora do Perpétuo Espanto, fazei com que os responsáveis pelos jornais, sites, rádios e TV assinem desde já, diante de duzentas testemunhas, um grande acordo nacional para evitar que o público seja obrigado a ler ou ouvir textos espirituosos com a expressão "negócio da China"....
Obrigado, Nossa Senhora do Perpétuo Espanto: se nosso pedido for atendido, prometemos nos submeter a toda e qualquer penitência, em sinal de eterno agradecimento.
Acabou o Pan. Vêm aí as Olimpíadas de Pequim.
Ah, Nossa Senhora do Perpétuo Espanto, fazei com que os responsáveis pelos jornais, sites, rádios e TV assinem desde já, diante de duzentas testemunhas, um grande acordo nacional para evitar que o público seja obrigado a ler ou ouvir textos espirituosos com a expressão "negócio da China"....
Obrigado, Nossa Senhora do Perpétuo Espanto: se nosso pedido for atendido, prometemos nos submeter a toda e qualquer penitência, em sinal de eterno agradecimento.
TAMANCADAS EM SÉRIE
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Outrossim, não tenho dúvidas de que o exército espartano teria sofrido uma vergonhosa derrota - e hoje, em vez de silogismo, gramática, retórica e outras tolices, estaríamos aprendendo coisas mais úteis a nosso atual estágio civilizatório, como decepar cabeças e esfolar adversários -, caso os medos, em vez de exímios cavaleiros, fossem excelentes montadores de bicicletas.
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Porque a verdade, senhores, é que é mais fácil produzir uma fusão atômica ou mesmo fazer algo mais complexo, como convencer um brasileiro a respeitar uma fila, do que conseguir colocar no lugar as peças de uma dessas solertes traquitanas.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/04/possuindo-uma-pacincia-comparvel-de-um.html)
Outrossim, não tenho dúvidas de que o exército espartano teria sofrido uma vergonhosa derrota - e hoje, em vez de silogismo, gramática, retórica e outras tolices, estaríamos aprendendo coisas mais úteis a nosso atual estágio civilizatório, como decepar cabeças e esfolar adversários -, caso os medos, em vez de exímios cavaleiros, fossem excelentes montadores de bicicletas.
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Porque a verdade, senhores, é que é mais fácil produzir uma fusão atômica ou mesmo fazer algo mais complexo, como convencer um brasileiro a respeitar uma fila, do que conseguir colocar no lugar as peças de uma dessas solertes traquitanas.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/04/possuindo-uma-pacincia-comparvel-de-um.html)
Delírio editorial de Cauê
Que toda a fortuna crítica do vivavaia Maracanã seja reunida numa coletânea e lançada como brinde extra do DVD sobre os Jogos Pan-Americanos. Com noite de autógrafo, claro.
Últimas sugestões de Cauê
Que todas as medalhas de ouro e prata conquistadas pelos atletas brasileiros sejam derretidas e entregues ao recreador-palhaço da burguesia paulista João Dória Jr. para financiar a procura de um novo mano-candidato a presidente da República que assegure os juros surfistinhas praticados pelos banqueiros e congêneres. Precisamos garantir a aparente tranqüilidade do paraíso cantado em verso e prosa pelo Le Figaro.
Especulações mediúnicas - Ouro de Moscou
- O que Luiz Carlos Prestes a Fugir diria numa hora dessa?
- Nada.
- Nada.
Recado ao prefeito Cesar Maia
Prefeito, há um boato de que Cauê poderá desertar a qualquer momento. Todos os brasileiros não-cariocas avisam que os Estados da Federação não aceitarão a entrada dele nos seus territórios. Se for o caso, deve-se negociar a deserção de Cauê com a Argentina, Cuba ou interná-lo em Bangu I.
Aparente intranqüilidade
Para irritar o confrade Geneton, o técnico A Casa de Bernardinho Alba criou um jeito de cortar o parco vocabulário de repórteres e redatores do nosso querido Brasil.
Patenteou o novo clichê jornalístico: 'invisivelmente emocionado, ele conseguiu conter a emoção'.
Patenteou o novo clichê jornalístico: 'invisivelmente emocionado, ele conseguiu conter a emoção'.
Últimas perguntas de Cauê
O que esses atletas cubanos queriam? A liberdade condicional acabou, é hora de retornar para cela.
Senta a pua!
No 'Globo' impresso, José Casado mostra que o governo do nosso querido Brasil gastou, no ano passado, uma fábula com o mobiliário da diretoria da Anac. Cada cadeira custou R$ 4,4 mil.
A despesa toda foi nove vezes maior do que o gasto com investigação aeronáutica.
Hmmm.
Consumistas que somos, e xeretas também, descobrimos como é a cadeira.
Assina-a Simone Racheli, também responsável pelas privadas da querida agência.
Fortaleza digital
Ao dar uma espiada - sem ser assinante ou cadastrado - na 'Época' eletrônica, fui assim saudado:
Olá JANE BORRALHO GAMA.
Seja bem vindo(a) ao site da revista Época.
Olá JANE BORRALHO GAMA.
Seja bem vindo(a) ao site da revista Época.
ASSIM SE DESENCAMINHA A HUMANIDADE
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Para os estudiosos, a fala surgiu por uma necessidade de organização das tribos primitivas. Afinal de contas, ficava muito difícil expor em desenhos e gestos conceitos como “maximização da caça do javali” e “vestir a tanga da empresa”. Ou seja, a fala surge ao mesmo tempo que o capitalista. Com a diferença de que ela evoluiu e se civilizou.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/05/fala-e-evoluo-da-espcie.html)
Para os estudiosos, a fala surgiu por uma necessidade de organização das tribos primitivas. Afinal de contas, ficava muito difícil expor em desenhos e gestos conceitos como “maximização da caça do javali” e “vestir a tanga da empresa”. Ou seja, a fala surge ao mesmo tempo que o capitalista. Com a diferença de que ela evoluiu e se civilizou.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/05/fala-e-evoluo-da-espcie.html)
A DITADURA DOS NÚMEROS : A PRAGA QUE NOS ASSOLA
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O blog ( "altamente recomendável") do escritor Antônio Fernando Borges traz um post sobre o sucesso numérico da literatura Harry Porter:
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"Vendo meu proverbial desprezo por esta literatura estratosfericamente pequena, amigos se apressam em dizer: “Mas se tanta gente está lendo! Alguma coisa de bom deve ter!”.
Eis a questão!
* * *
A razão estatística - que reina absoluta nas votações e dá suporte às democracias - não tem muita validade fora do terreno da política. Nem a Verdade nem as grandes Virtudes, por exemplo, dependem da opinião das “maiorias”.
* * *
Mas se a distorção acontece às vezes até nas cabeças mais esclarecidas, é porque a Ditadura do Consenso já se instalou – em nome da suposta autoridade dos números.
A “golpes de maioria” (a expressão, uma delícia!, é de Rui Barbosa), a tirania se apresenta como Liberdade, e a insanidade como Razão.
* * *
(Será que eles não estão percebendo isto, Tia Anastácia?!!)
* * *
Isso diz muito sobre nosso tempo. Em épocas normais, dizia Aldous Huxley, nenhum indivíduo sadio pode admitir a idéia de que os homens são iguais".
(aqui:http://www.antoniofernandoborges.com/)
O blog ( "altamente recomendável") do escritor Antônio Fernando Borges traz um post sobre o sucesso numérico da literatura Harry Porter:
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"Vendo meu proverbial desprezo por esta literatura estratosfericamente pequena, amigos se apressam em dizer: “Mas se tanta gente está lendo! Alguma coisa de bom deve ter!”.
Eis a questão!
* * *
A razão estatística - que reina absoluta nas votações e dá suporte às democracias - não tem muita validade fora do terreno da política. Nem a Verdade nem as grandes Virtudes, por exemplo, dependem da opinião das “maiorias”.
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Mas se a distorção acontece às vezes até nas cabeças mais esclarecidas, é porque a Ditadura do Consenso já se instalou – em nome da suposta autoridade dos números.
A “golpes de maioria” (a expressão, uma delícia!, é de Rui Barbosa), a tirania se apresenta como Liberdade, e a insanidade como Razão.
* * *
(Será que eles não estão percebendo isto, Tia Anastácia?!!)
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Isso diz muito sobre nosso tempo. Em épocas normais, dizia Aldous Huxley, nenhum indivíduo sadio pode admitir a idéia de que os homens são iguais".
(aqui:http://www.antoniofernandoborges.com/)
PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA
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Não vamos nos enganar: no Brasil, existe mais folclore do que cultura ;mais ativismo "intelectual" do que verdadeira ilustração.
Joel Silveira, datilografado por GMN
Não vamos nos enganar: no Brasil, existe mais folclore do que cultura ;mais ativismo "intelectual" do que verdadeira ilustração.
Joel Silveira, datilografado por GMN
DIÁLOGO DE PROMETEU COM O ABUTRE
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— Também, que idéia! Dar a razão aos homens! Pff! Se ao menos tivesse dado a razão a outros animais de maior aptidão, como a lesma ou o ouriço.
— E daí? Grande coisa! Dei a razão aos homens e eles nunca usaram. Pior foi Pandora, que abriu aquela bolsa e liberou a dor, o sofrimento, a velhice, a miséria, a música sertaneja e o telemarketing. E nem por isso mereceu o meu castigo... Ai! Isso aí é meu pâncreas, pô!
— Foi maus. Mas é que tá difícil de distinguir o teu fígado aqui. Tá tão escondidinho, meio deteriorado...
— Ah, isso é por conta da pouca água.
— Pouca água no fígado?
— Pouca água no vinho.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/06/na-grcia-antiga.html)
— Também, que idéia! Dar a razão aos homens! Pff! Se ao menos tivesse dado a razão a outros animais de maior aptidão, como a lesma ou o ouriço.
— E daí? Grande coisa! Dei a razão aos homens e eles nunca usaram. Pior foi Pandora, que abriu aquela bolsa e liberou a dor, o sofrimento, a velhice, a miséria, a música sertaneja e o telemarketing. E nem por isso mereceu o meu castigo... Ai! Isso aí é meu pâncreas, pô!
— Foi maus. Mas é que tá difícil de distinguir o teu fígado aqui. Tá tão escondidinho, meio deteriorado...
— Ah, isso é por conta da pouca água.
— Pouca água no fígado?
— Pouca água no vinho.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/06/na-grcia-antiga.html)
O JOVEM CÂNDIDO PERGUNTA
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PRIMEIRO: Ao se pronunciar o nome do “Cansei”, movimento paulista recém-lançado para lutar contra as constantes fraudes no comércio de caviar e os impostos excessivos sobre Ferrari, deve-se usar língua presa e mãozinha descaída ou não?
SEGUNDO: A sigla do Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros, nome oficial do “Cansei”, pode ser TFP ou não?
TERCEIRO: Uma das propostas defendidas pelo “Cansei” para melhorar o Brasil é a construção de um muro isolando a Zona Leste e o conseqüente reconhecimento da região como Estado independente ou não?
PRIMEIRO: Ao se pronunciar o nome do “Cansei”, movimento paulista recém-lançado para lutar contra as constantes fraudes no comércio de caviar e os impostos excessivos sobre Ferrari, deve-se usar língua presa e mãozinha descaída ou não?
SEGUNDO: A sigla do Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros, nome oficial do “Cansei”, pode ser TFP ou não?
TERCEIRO: Uma das propostas defendidas pelo “Cansei” para melhorar o Brasil é a construção de um muro isolando a Zona Leste e o conseqüente reconhecimento da região como Estado independente ou não?
28 de julho de 2007
A ALEMANHA NÃO É AQUI
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Uma cena me chamou atenção no dia em que a seleção brasileira levou um baile da seleção francesa na Copa do Mundo de 2006:
quando o jogo já se aproximava daqueles instantes dramáticos,nos quinze minutos finais do segundo tempo, a câmera mostrou a imagem do técnico Parreira. Qualquer outro brasileiro estaria botando o coração pela boca ( vide o que faz Scolari), porque o time estava a minutos da eliminação. Mas Parreira ( técnico competente porque ganhou uma Copa em 94 com um time apenas razoável) exibia um ar pétreo, distante, germânico, impassível. Uma atitude que não soava nem um pouco brasileira. Quem disse que a frieza um técnico não contamina também o time dentro de campo ?
Agora, uma cena parecida,colhida pelas câmeras não durante uma derrota, mas uma vitória, causa igual estranheza:
quando a seleção de vôlei fez o ponto que ganrantiu a conquista da medalha de ouro no Pan, as câmeras procuraram o rosto do técnico Bernardinho. E lá estava ele, com ar pétreo de quem estava testemunhando um velório.
Acorda, Freud! Dai-nos uma explicação.
Há qualquer coisa de errado nestas tentativas de adotar, em situações-limite, uma atitude que não combina em nada, nada,nada, para o bem e para o mal, com o Brasil.
Uma cena me chamou atenção no dia em que a seleção brasileira levou um baile da seleção francesa na Copa do Mundo de 2006:
quando o jogo já se aproximava daqueles instantes dramáticos,nos quinze minutos finais do segundo tempo, a câmera mostrou a imagem do técnico Parreira. Qualquer outro brasileiro estaria botando o coração pela boca ( vide o que faz Scolari), porque o time estava a minutos da eliminação. Mas Parreira ( técnico competente porque ganhou uma Copa em 94 com um time apenas razoável) exibia um ar pétreo, distante, germânico, impassível. Uma atitude que não soava nem um pouco brasileira. Quem disse que a frieza um técnico não contamina também o time dentro de campo ?
Agora, uma cena parecida,colhida pelas câmeras não durante uma derrota, mas uma vitória, causa igual estranheza:
quando a seleção de vôlei fez o ponto que ganrantiu a conquista da medalha de ouro no Pan, as câmeras procuraram o rosto do técnico Bernardinho. E lá estava ele, com ar pétreo de quem estava testemunhando um velório.
Acorda, Freud! Dai-nos uma explicação.
Há qualquer coisa de errado nestas tentativas de adotar, em situações-limite, uma atitude que não combina em nada, nada,nada, para o bem e para o mal, com o Brasil.
SE PICA FIDEL!
Acabo de ver na TV atletas cubanos já no Aeroporto do Galeão, no Rio, para embarcar às pressas para Cuba. Ordens expressas do grande líder democrata Fidel Castro. Teria chegado aos ouvidos cheios de cabelo e vermes do sapo barbudo que haveria fuga em massa dos atletas. É a maravilhosa liberdade elogiada por tanta gente no Brasil. Fidel ainda está vivo. Como não podemos apressar-lhe a morte física e do regime que ele instaurou e sedimentou só nos resta torcer e fazer uma grande campanha cujo mote é: SE PICA FIDEL!
André Sant’Anna é o Paulo César Pereio da literatura brasileira recente
É lamentável que um escritor criticado prefira partir para o ataque pessoal a defender sua obra. E quando não há obra a defender? Aí é um problema sério. Há pouco mais de um ano a Veja deu um cacete justo no escritor André Sant’Anna, que, num texto para o Rascunho, não só faz biquinho como acusa Jerônimo Teixeira de estar a serviço, não de sua consciência e preferências estético-literárias, mas do seu chefe, o redator-chefe de Veja, Mario Sabino, jornalista culto e de texto impecável.
O texto de André Sant’Anna é ruim, mal construído. Sua obra padece de uma pobreza, de um primarismo estético, deplorável. E não é só isso. O moço salpica palavrões como um pizzaiolo o faz com o orégano. O palavrão é o alicerce de sua produção literária, e é o que a define, justifica e celebra. André Sant’Anna é o Paulo César Pereio da literatura brasileira recente. Se hoje fossem abolidas as palavras “porra” e “caralho” o moço teria que vender laranja na praça.
Digo e repito: André Sant’Anna é o Paulo César Pereio da literatura brasileira recente. Antes de se tansformar no Paulo César Pereio da literatura brasileira recente, Sant’Anna tocou baixo, compôs músicas e trabalhou com publicidade. É o caso de fazer o caminho de volta.
O texto de André Sant’Anna é ruim, mal construído. Sua obra padece de uma pobreza, de um primarismo estético, deplorável. E não é só isso. O moço salpica palavrões como um pizzaiolo o faz com o orégano. O palavrão é o alicerce de sua produção literária, e é o que a define, justifica e celebra. André Sant’Anna é o Paulo César Pereio da literatura brasileira recente. Se hoje fossem abolidas as palavras “porra” e “caralho” o moço teria que vender laranja na praça.
Digo e repito: André Sant’Anna é o Paulo César Pereio da literatura brasileira recente. Antes de se tansformar no Paulo César Pereio da literatura brasileira recente, Sant’Anna tocou baixo, compôs músicas e trabalhou com publicidade. É o caso de fazer o caminho de volta.
TEORIA DA INVOLUÇÃO
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Segundo os antropólogos, o homem levou milênios para desenvolver o aparelho fonador, outros tantos séculos para emitir sons distinguíveis, algum tempo mais para elaborar um vocabulário e, finalmente, poucos segundos para dizer frases do tipo “Você vem sempre por aqui, benzinho?” e arruinar uma paquera relativamente bem-encaminhada.
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(Mais teses darwinistas ma non troppo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/05/fala-e-evoluo-da-espcie.html)
Segundo os antropólogos, o homem levou milênios para desenvolver o aparelho fonador, outros tantos séculos para emitir sons distinguíveis, algum tempo mais para elaborar um vocabulário e, finalmente, poucos segundos para dizer frases do tipo “Você vem sempre por aqui, benzinho?” e arruinar uma paquera relativamente bem-encaminhada.
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(Mais teses darwinistas ma non troppo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/05/fala-e-evoluo-da-espcie.html)
O BRASIL É MACHO !
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Quando quer parecer que não é machista, o Brasil mete os pés pelas mãos. Um ministro recém-nomeado declara que só aceitou o cargo porque a mulher mandou. Um senador diz que só voltou trás da decisão de renunciar a um cargo na comissão de ética porque a mulher quis assim. O presidente, quem não se lembra ?, levava a mulher para reuniões técnicas, numa cena constrangedora. O que ela estava fazendo ali ?
As três cenas são patéticas.
Se uma mulher anunciasse ao país que só aceitara ser nomeada para um cargo de primeiro escalão do governo porque o marido mandou,
seria chamada de quê ?
Com toda certeza, seria chamada de pamonha, frouxa, vaca, indecisa.
Por que com os homens não é assim ? Por que, quando um homem público confessa que é um pamonha diante da mulher, também não desperta os (merecidos) risos de escárnio ?
O motivo é o seguinte : país machista tolera perfeitamente pamonhices cometidas por homens. Os paus mandados sabem que, ao confessarem de público que são paus mandados, não cairão no ridículo. Pelo contrário : terminarão vistos como "anti-machistas".
Mas o que, à primeira vista, parecia ser um gesto anti-machista na verdade é a consagração máxima do machismo.
A certeza de que não levarão vaias e ovos é que faz estes cavalheiros confessarem de público que só fazem o que as respectivas mulheres mandam.
Independentemente de crença, competência, filiação partidiária e seja lá o que for, deve-se desconfiar imediatamente do homem que diz que só faz o que a mulher quer.
Isso é patético. Patético. Patético.
(O vexame público se repete na chamada "esfera privada". Já ouvi, com esses ouvidos que as labaredas do crematório um dia vão consumir, o telefone de um profissional ( competente) tocar de meia em meia hora durante uma viagem de trabalho. Era a mulher, preocupada em monitorá-lo à distância. Perdi a confiança na competência do bicho. O pior é que gente assim trata a submissão à mulher como se fosse "virtude").
Repito : só em um país cem por cento machista um homem se declara escravo da mulher sem ter medo de cair para sempre, por todos os séculos, no mais absoluto ridículo.
Quando quer parecer que não é machista, o Brasil mete os pés pelas mãos. Um ministro recém-nomeado declara que só aceitou o cargo porque a mulher mandou. Um senador diz que só voltou trás da decisão de renunciar a um cargo na comissão de ética porque a mulher quis assim. O presidente, quem não se lembra ?, levava a mulher para reuniões técnicas, numa cena constrangedora. O que ela estava fazendo ali ?
As três cenas são patéticas.
Se uma mulher anunciasse ao país que só aceitara ser nomeada para um cargo de primeiro escalão do governo porque o marido mandou,
seria chamada de quê ?
Com toda certeza, seria chamada de pamonha, frouxa, vaca, indecisa.
Por que com os homens não é assim ? Por que, quando um homem público confessa que é um pamonha diante da mulher, também não desperta os (merecidos) risos de escárnio ?
O motivo é o seguinte : país machista tolera perfeitamente pamonhices cometidas por homens. Os paus mandados sabem que, ao confessarem de público que são paus mandados, não cairão no ridículo. Pelo contrário : terminarão vistos como "anti-machistas".
Mas o que, à primeira vista, parecia ser um gesto anti-machista na verdade é a consagração máxima do machismo.
A certeza de que não levarão vaias e ovos é que faz estes cavalheiros confessarem de público que só fazem o que as respectivas mulheres mandam.
Independentemente de crença, competência, filiação partidiária e seja lá o que for, deve-se desconfiar imediatamente do homem que diz que só faz o que a mulher quer.
Isso é patético. Patético. Patético.
(O vexame público se repete na chamada "esfera privada". Já ouvi, com esses ouvidos que as labaredas do crematório um dia vão consumir, o telefone de um profissional ( competente) tocar de meia em meia hora durante uma viagem de trabalho. Era a mulher, preocupada em monitorá-lo à distância. Perdi a confiança na competência do bicho. O pior é que gente assim trata a submissão à mulher como se fosse "virtude").
Repito : só em um país cem por cento machista um homem se declara escravo da mulher sem ter medo de cair para sempre, por todos os séculos, no mais absoluto ridículo.
....BOI,BOI,BOI....BOI DA CARA PRETA
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O boi da cara preta vai para as manchetes:
(http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/07/070727_shambopress_pu.shtml)
O boi da cara preta vai para as manchetes:
(http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/07/070727_shambopress_pu.shtml)
"O LIVRO ELETRÔNICO É UM ENGODO"
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Sérgio Augusto:
"O e-book ( ou livro eletrônico) é um engodo. Pode funcionar como suporte de pesquisa,igualando-se ao computador, imbatível na especialidade, mas não consigo imaginá-lo veiculando narrativas ficcionais. Entre outras coisas, porque o hipertexto é refém de um paradoxo: se sua capacidade de armazenar palavras é praticamente infinita, não se pode dizer o mesmo de nossa disposição para ler o que quer que seja numa tela. Experimente gramar Guerra e Paz numa edição eletrônica"
(Em "As Penas do Ofício", Editora Agir)
Sérgio Augusto:
"O e-book ( ou livro eletrônico) é um engodo. Pode funcionar como suporte de pesquisa,igualando-se ao computador, imbatível na especialidade, mas não consigo imaginá-lo veiculando narrativas ficcionais. Entre outras coisas, porque o hipertexto é refém de um paradoxo: se sua capacidade de armazenar palavras é praticamente infinita, não se pode dizer o mesmo de nossa disposição para ler o que quer que seja numa tela. Experimente gramar Guerra e Paz numa edição eletrônica"
(Em "As Penas do Ofício", Editora Agir)
PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA - 2
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Ir aos poucos, com lucidez e cálculo, e sem qualquer arroubo, cortando as pontes atás de si: um prazeroso, estimulante exercício.
Joel Silveira, datilografado por GMN
Ir aos poucos, com lucidez e cálculo, e sem qualquer arroubo, cortando as pontes atás de si: um prazeroso, estimulante exercício.
Joel Silveira, datilografado por GMN
PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA
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Tenho medo de que no último balanço, que se aproxima, eu chegue a esta arrasadora conclusão: não teria sido tudo um grande, patético equívoco ?
Joel Silveira, datilografado por GMN
Tenho medo de que no último balanço, que se aproxima, eu chegue a esta arrasadora conclusão: não teria sido tudo um grande, patético equívoco ?
Joel Silveira, datilografado por GMN
27 de julho de 2007
Neologismo para o bem do Brasil
O Brasil vive a JUFLAÇÃO. O que é JUFLAÇÃO? São os juros pornográficos e estratosféricos praticados por banqueiros e congêneres numa inflação anual próxima de zero. A JUFLAÇÃO foi inventada pelo sociólogo Fernando Henrique Cardoso (ai! que preguiça!) e consolidada pelo metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva (mano que nem parece banco). É o paraíso dos financistas, basta olhar os balancetes dos bancos, basta verificar a lista dos novos e numerosos milionários nacionais. O negócio da JUFLAÇÃO é tão bom que o empresário-banqueiro Antonio Ermírio de Morais nunca mais escreveu para a colega de ginásio dele Joaninha reclamando da agiotagem.
A JUFLAÇÃO criou uma nova e predatória cultura: qualquer armazém, espelunca educacional, prestador de serviços medíocres, bodega, lojinha, bazar de quinta categoria se transformou no Brasil de hoje numa instituição bancária. Cobram, como querem e se acham no direito, as maiores taxas de juros do mundo, num cinismo sem paradigma na recente história do Brasil. A JUFLAÇÃO já faz parte do dia-a-dia do povo brasileiro, que tende a achar natural que rapaces com figura jurídica assaltem o orçamento doméstico, se apropriem como gatunos dos salários.
Os economistas, esses seres que ganham a vida fingindo que entendem de economia, gostam de criar neologismos para explicar situações que beneficiam poucos em detrimento de milhões. JUFLAÇÃO é um neologismo que poderia ter sido inventado por qualquer economista cínico e mercenário a serviço dos banqueiros e congêneres. Talvez tenha até sido. Entre uma planilha e outra, eles se divertem e riem às custas da língua e dos custos pagos pelos pardos ibge.
A chave do Brasil é Chávez
Calma, pessoal. Por enquanto, é só um slogan de uma campanha cívica, de norte a sul, para assustar os banqueiros e seus congêneres, os agiotas do Banco Central, os agiotas-empresários, o recreador-palhaço da burguesia paulista João Dória etc, os argentários dos bordéis brasilíricos, Cauê, os financistas de Lula, os idiotas que se conformam em pagar juros obscenos e escorchantes, os ricos que estão no paraíso daslu-lulista (Le Figaro, anteontem) e os donos de concessâo pública de televisão. Calma, pessoal, por enquanto, é só um slogan.
HÁ DOIS MIL ANOS NA PALESTINA
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— Muito aguado.
— E agora?
— Uhmmm. Ainda um pouco aguado.
— Prove agora.
— Perfeito! Agora sim, excelente vinho.
— Ótimo. Satisfeita?
— Será que não dá pra transformar essas pedras em queijo pra acompanhar?
— Pô, mãe!
.
(Mais diálogos pios, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/pequenos-incidentes-ocorridos-na_27.html)
— Muito aguado.
— E agora?
— Uhmmm. Ainda um pouco aguado.
— Prove agora.
— Perfeito! Agora sim, excelente vinho.
— Ótimo. Satisfeita?
— Será que não dá pra transformar essas pedras em queijo pra acompanhar?
— Pô, mãe!
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(Mais diálogos pios, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/pequenos-incidentes-ocorridos-na_27.html)
O JOVEM CÂNDIDO PERGUNTA
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Por que motivo um povo que saudou a delegação americana no Pan com um corinho de: "Osama, Osama, Osama" se sentiu ofendido, dias depois, com o "top, top, top" de Marco Aurélio Garcia?
Por que motivo um povo que saudou a delegação americana no Pan com um corinho de: "Osama, Osama, Osama" se sentiu ofendido, dias depois, com o "top, top, top" de Marco Aurélio Garcia?
Profissões republicanas - O expert instantâneo
- Meu caro, preciso de você novamente. A situação requer um homem público com uma experiência que não é todo mundo que tem.
- O senhor, sempre lisonjeiro... O que nós podemos fazer pelo país agora? O ministério da Jus...
- Não, não.
- Ora, então a Controladoria...
- Água, de novo.
- Alguma coisa no Superior Tr... Ou no Turismo? Na Ferrovia Norte-Sul?
- Não, não e não. Se errar de novo, retiro o convite e chamo o Ciro.
- Vai me dizer que é a Defesa? A Defesa!? Eu não entendo nada de defesa, noves fora defender o governo, e perdoe a piada...
- Não é piada.
- Ah! Ah... Haha! Hahahaha!
- Hahahahahahahahaha!
- O senhor, sempre lisonjeiro... O que nós podemos fazer pelo país agora? O ministério da Jus...
- Não, não.
- Ora, então a Controladoria...
- Água, de novo.
- Alguma coisa no Superior Tr... Ou no Turismo? Na Ferrovia Norte-Sul?
- Não, não e não. Se errar de novo, retiro o convite e chamo o Ciro.
- Vai me dizer que é a Defesa? A Defesa!? Eu não entendo nada de defesa, noves fora defender o governo, e perdoe a piada...
- Não é piada.
- Ah! Ah... Haha! Hahahaha!
- Hahahahahahahahaha!
ASSALTO A BANCO (OU ECOANDO AMIN STEPPLE)
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— Alô? Quem tá falando?
— É o ladrão.
— Desculpe, não queria falar com o dono do banco. Tem algum funcionário aí?
— Não, os funcionário tá tudo como refém.
— Eu entendo. Trabalham quatorze horas por dia, ganham um salário ridículo, vivem levando esporro, mas não pedem demissão porque não encontram outro emprego, né? Vida difícil. Mas será que eu não poderia dar uma palavrinha com um deles?
— Impossível. Eles tá amordaçado.
— Foi o que pensei. Gestão moderna, né? Se fizerem qualquer crítica, vão pro olho da rua. Não haverá, então, algum chefe por aí?
.
(Aqui, o texto completo: http://marconileal.blogspot.com/2007/04/assalto.html)
— Alô? Quem tá falando?
— É o ladrão.
— Desculpe, não queria falar com o dono do banco. Tem algum funcionário aí?
— Não, os funcionário tá tudo como refém.
— Eu entendo. Trabalham quatorze horas por dia, ganham um salário ridículo, vivem levando esporro, mas não pedem demissão porque não encontram outro emprego, né? Vida difícil. Mas será que eu não poderia dar uma palavrinha com um deles?
— Impossível. Eles tá amordaçado.
— Foi o que pensei. Gestão moderna, né? Se fizerem qualquer crítica, vão pro olho da rua. Não haverá, então, algum chefe por aí?
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(Aqui, o texto completo: http://marconileal.blogspot.com/2007/04/assalto.html)
A hora e a vez do autógrafo
Roberto Carlos começa nova turnê pelo Norte/Nordeste no dia 24 de agosto. A parada no Recife está agendada para os dias 21 e 22 de setembro, no Chevrolet Hall. Olhe aí, quem quiser pedir um autógrafo no livro-biografia censurado não deve perder a oportunidade. A senha é: "assina aqui, meu Rei". RC vai gostar, sem problema.
Nem parece um movimento cívico. Parece um banco
Os paulistas decidiram se mexer. Lançaram um tal de Movimento Cívico pelos Direitos dos Brasileiros, uma reação à tragédia da TAM, mas que pretende alertar também para casos de corrupção e outros males nacionais. Na lista dos articuladores, industriais, jornalistas (cuidado!) e banqueiros. Os paulistas decidiram se mexer, o que poderá ser louvável, mas começaram equivocados. Todo brasileiro sabe que os maiores gatunos do país hoje são os banqueiros. Os juros cobrados são extorsivos, pornográficos, obscenos. Juros cobrados cotidianamente, que engordam os balanços biliardários dos bancos. Qualquer estudante de economia sabe que os juros cobrados são capitalizados, ou seja, juros em cima de juros, o que representa um assalto ostensivo, à luz do dia e da calada da noite.
O que é pior: os juros bancários sinalizam verticalmente para a sociedade. Então, qualquer espelunca comercial, educacional ou de qualquer outra natureza segue a calculadora geométrica dos bancos. O roubo se tornou institucionalizado e generalizado, com uma inflação inferior a quatro por cento ano. Um escândalo, que derrubaria qualquer governo num regime parlamentarista. Como o regime é presidencialista, a população paga o roubo e fica a se lamuriar do assalto diário ao orçamento doméstico, da rapinagem em cima dos salários.
A cultura dos juros substituiu, malandramente, a cultura inflacionária. Quem tinha dinheiro na época da inflação desmedida ganhava bastante com a ciranda das aplicações. Quem tem dinheiro agora continua ganhando dinheiro, além da nova ciranda, com a lucrativa e segura indústria dos juros, bancada obviamente pelo Banco Central e bancos oficiais. Ao que parece, esse tal de Movimento Cívico está lançando as bases, criar um ambiente político, desde já, para buscar um candidato-mano dos banqueiros para substituir, lá na frente, o Lula irmão mais novo dos banqueiros, em nome da continuidade da gatunagem lucrativa dos juros. Hoje, qualquer estabelecimento dribla facilmente a legislação e atua livremente como um banco, qualificando-se para praticar os juros de mercado que são os mais altos do mundo.
O povo brasileiro deve se mexer, sim. Mas um movimento que colocasse efetivamente na cadeia, em regime fechado, por longo tempo, de vinte a trinta anos, todo banqueiro e qualquer outro que não cobrassem juros reais de cinco a seis por cento ano, isto é, em torno de meio por cento ao mês em cima de qualquer boleto, carnê, conta, débito, o que for. Se não quiser, ponha o dinheiro na produtividade, vai trabalhar, lalau.
Essa farra vai ter que acabar. Um bom slogan para um movimento cívico que apregoasse julgamento sumário para banqueiros e clones. Esse Movimento Cívico paulista nem parece um movimento. Parece um banco.
CUIDADO, JORNAIS! DONA LOP PODE CHEGAR A QUALQUER MOMENTO.
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Quem é essa tal de Dona Lop ?
Vou dizer já, já. Você a conhece pelo nome, não pelo apelido. Ponto. Parágrafo.
A cada hora aparece um profeta para tentar adivinhar o que acontecerá com os jornais impressos no futuro próximo. A Internet vai matar os jornais de papel ?
Talvez. Não faz tempo, li um artigo que, confesso, provocou um mini-abalo sísmico em minhas certezas interiores: o autor dizia que, na ponta do lápis, os jornais impressos podem caminhar para a inviabilidade econômica.
Pelo seguinte: os anúncios classificados - uma das fontes de renda dos jornais - começam a migrar para a Internet. Os anúncios "propriamente ditos", idem. Os leitores jovens vão direto para o computador. Ao contrário dos pais, não adquiriram o hábito de ler jornais impressos.
É uma questão de matemática. Se um dia não houver dinheiro em caixa para financiar toda a produção, impressão e distribuição de um produto como é o jornal impresso, entrará em cena uma senhora cruel, capaz de exterminar com um gesto todo aquele que ousar perturbá-la: a sra. Lop, também conhecida como Lei da Oferta e da Procura. Nenhum empresário imprime jornal para fazer caridade. Quer ter lucro,óbvio.
Os jornais frequentemente dão a impressão de estarem cavando a própria sepultura. É inacreditável: há anos e anos, repórteres, editores, professores, pitaqueiros, palpiteiros, picaretas e sumidades dizem e repetem, em tudo quanto é congresso de jornalismo, que os jornais não podem se acomodar, não devem simplesmente repetir o que a televisou já noticiou na véspera.
Sempre dizem: se quiserem sobreviver, se quiserem conquistar leitores, os jornais devem investir na grande reportagem, nos textos autorais, no aprofundamento do tema. É um diagnóstico possível. Mas o que os jornais fazem? Com as exceções de praxe, fazem exatamente o contrário. As primeiras páginas se dão ao luxo de repetir, nos títulos, o que noventa por cento do leitorado bem-informado já sabe desde a véspera. Os textos foram uniformizados. Parecem escritos por uma máquina de produção de frases pré-moldadas. A grande reportagem foi revogada. Etc.etc.etc.
Todo este "nariz de cera" ( é assim que se chamavam as introduções intermináveis dos textos de antigamente) para dizer o quê ?
O presidente do New York Times deu uma entrevista dizendo que não sabe se daqui a cinco anos o jornal existirá fora da Internet. A edição impressa pode ir para as cucuias.
"Sinal dos tempos": hoje, o número de leitores da edição on-line já supera o de assinantes da versão impressa.
Já dá para ouvir, claro e nítido, o rumor dos passos da Besta do Apocalipse se dirigindo à redação mais próxima de um jornal impresso com uma foice na mão e uma motossera na outra.
Mas, apocalipse à parte, é mais do que provável que as edições impressas dos grandes jornais sobrevivam, com outro rosto, outra proposta, outro alcance, outro tamanho.
Podem virar um "luxo", consumido por uma minoria, assim como são tantas revistas e tantas publicações que povoam as bancas.
Quem diria: pelo menos no universo de papel, a "grande imprensa" pode virar "alternativa".
O número de acesso aos sites é que determinará a "tiragem" de um jornal.
Se dona Lop mandar, assim será.
(aqui, a entrevista do executivo do New York Times:
http://www.wbibrasil.com.br/boletim.php?id_boletim=308)
Quem é essa tal de Dona Lop ?
Vou dizer já, já. Você a conhece pelo nome, não pelo apelido. Ponto. Parágrafo.
A cada hora aparece um profeta para tentar adivinhar o que acontecerá com os jornais impressos no futuro próximo. A Internet vai matar os jornais de papel ?
Talvez. Não faz tempo, li um artigo que, confesso, provocou um mini-abalo sísmico em minhas certezas interiores: o autor dizia que, na ponta do lápis, os jornais impressos podem caminhar para a inviabilidade econômica.
Pelo seguinte: os anúncios classificados - uma das fontes de renda dos jornais - começam a migrar para a Internet. Os anúncios "propriamente ditos", idem. Os leitores jovens vão direto para o computador. Ao contrário dos pais, não adquiriram o hábito de ler jornais impressos.
É uma questão de matemática. Se um dia não houver dinheiro em caixa para financiar toda a produção, impressão e distribuição de um produto como é o jornal impresso, entrará em cena uma senhora cruel, capaz de exterminar com um gesto todo aquele que ousar perturbá-la: a sra. Lop, também conhecida como Lei da Oferta e da Procura. Nenhum empresário imprime jornal para fazer caridade. Quer ter lucro,óbvio.
Os jornais frequentemente dão a impressão de estarem cavando a própria sepultura. É inacreditável: há anos e anos, repórteres, editores, professores, pitaqueiros, palpiteiros, picaretas e sumidades dizem e repetem, em tudo quanto é congresso de jornalismo, que os jornais não podem se acomodar, não devem simplesmente repetir o que a televisou já noticiou na véspera.
Sempre dizem: se quiserem sobreviver, se quiserem conquistar leitores, os jornais devem investir na grande reportagem, nos textos autorais, no aprofundamento do tema. É um diagnóstico possível. Mas o que os jornais fazem? Com as exceções de praxe, fazem exatamente o contrário. As primeiras páginas se dão ao luxo de repetir, nos títulos, o que noventa por cento do leitorado bem-informado já sabe desde a véspera. Os textos foram uniformizados. Parecem escritos por uma máquina de produção de frases pré-moldadas. A grande reportagem foi revogada. Etc.etc.etc.
Todo este "nariz de cera" ( é assim que se chamavam as introduções intermináveis dos textos de antigamente) para dizer o quê ?
O presidente do New York Times deu uma entrevista dizendo que não sabe se daqui a cinco anos o jornal existirá fora da Internet. A edição impressa pode ir para as cucuias.
"Sinal dos tempos": hoje, o número de leitores da edição on-line já supera o de assinantes da versão impressa.
Já dá para ouvir, claro e nítido, o rumor dos passos da Besta do Apocalipse se dirigindo à redação mais próxima de um jornal impresso com uma foice na mão e uma motossera na outra.
Mas, apocalipse à parte, é mais do que provável que as edições impressas dos grandes jornais sobrevivam, com outro rosto, outra proposta, outro alcance, outro tamanho.
Podem virar um "luxo", consumido por uma minoria, assim como são tantas revistas e tantas publicações que povoam as bancas.
Quem diria: pelo menos no universo de papel, a "grande imprensa" pode virar "alternativa".
O número de acesso aos sites é que determinará a "tiragem" de um jornal.
Se dona Lop mandar, assim será.
(aqui, a entrevista do executivo do New York Times:
http://www.wbibrasil.com.br/boletim.php?id_boletim=308)
OS DESPEJADOS DO LIMBO
(para Geneton Moraes Neto)
— Olha, ser despejado depois de centenas de anos como bom locatário não é nada. Ruim mesmo é ter que carregar essas crianças no colo. Como elas choram!
— Podia ser pior. Se a gente tivesse no céu, haveria milhares de cruzados adolescentes.
— Falar nisso, acho que é por ali.
— O céu? Duvido. Não tá vendo a quantidade de jornalistas, advogados e apresentadores de televisão?
— Será o inferno?
— Pelo tamanho da fila, se não for o inferno é coisa pior: a Disney ou a Alemanha Oriental.
— É o inferno.
— Como é que tu sabe? Viu alguma inscrição na porta?
— Não. Pelo som que chega até aqui.
— Chicotadas?
— Banda Calypso.
(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/06/por-aqui-quem-sabe-maldito-bento-xvi-se.html)
— Olha, ser despejado depois de centenas de anos como bom locatário não é nada. Ruim mesmo é ter que carregar essas crianças no colo. Como elas choram!
— Podia ser pior. Se a gente tivesse no céu, haveria milhares de cruzados adolescentes.
— Falar nisso, acho que é por ali.
— O céu? Duvido. Não tá vendo a quantidade de jornalistas, advogados e apresentadores de televisão?
— Será o inferno?
— Pelo tamanho da fila, se não for o inferno é coisa pior: a Disney ou a Alemanha Oriental.
— É o inferno.
— Como é que tu sabe? Viu alguma inscrição na porta?
— Não. Pelo som que chega até aqui.
— Chicotadas?
— Banda Calypso.
(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/06/por-aqui-quem-sabe-maldito-bento-xvi-se.html)
PEQUENO DICIONÁRIO POLÍTICO
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DIREITA (s.f.): Grupo formado por pessoas que crêem que, da escravização dos índios ao encilhamento de inícios da República, a culpa por todas as mazelas nacionais deve ser atribuída a Lula.
ESQUERDA (s.f.): Grupo formado por pessoas que, por exemplo, vêem Lula sacar um revólver e dar um tiro à queima-roupa na cabeça de um sujeito e, ao analisar o fato, afirmam que a culpa pelo assassinato deve ser atribuída exclusivamente à mídia.
DIREITA (s.f.): Grupo formado por pessoas que crêem que, da escravização dos índios ao encilhamento de inícios da República, a culpa por todas as mazelas nacionais deve ser atribuída a Lula.
ESQUERDA (s.f.): Grupo formado por pessoas que, por exemplo, vêem Lula sacar um revólver e dar um tiro à queima-roupa na cabeça de um sujeito e, ao analisar o fato, afirmam que a culpa pelo assassinato deve ser atribuída exclusivamente à mídia.
O GRANDE CORO DO "KLATOO BARADA NIKTO"
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Os frequentadores - habituais ou acidentais - desta senzala haverão de lembrar que, não faz tempo, o Sopa de Tamanco revelou a chave de todos os segredos. Toda vez que você se sentir ameaçado por alguma calamidade, pronuncie a senha mágica "Klatoo Barada Nikto". A ameaça se evaporará a olhos vistos ( aos que chegaram depois do início do filme :"Klatoo Barada Nikto" é a senha que, pronunciada diante de um robô alienígena, evita a destruição do planeta no filme "O Dia em que a Terra Parou", clássico meio trash na ficção científica).
Nunca esta senha foi tão necessária quanto nestes dias invernais.
A partir de agora, toda vez que uma autoridade tentar justificar a zona aérea com frases pretensiosamente espirituosas, comparações infelizes, metáforas desastrosas, pronuncie a senha diante da TV ou da página aberta do jornal: "Klatoo Barada Nikto !". Pode ser em voz baixa. Ou aos gritos.
Se todos repetirem o mantra, um dia os alienígenas entenderão a mensagem.
O abaixo assinado usou a senha, com bons resultados. Quando uma atendente de uma empresa aérea disse que iria "estar transferindo" a ligação, passei a repetir mecanicamente "klatoo barada nikto", "klatoo barada nikto" ,"klatto parada nikto".
Do outro lado da linha, ouvi, claro e nítido, um relincho que dizia "não estou entendendo, señor; pode repetir ?... "
Continuei repetindo. E assim se passou uma tarde no Cone Sul da América.
Os frequentadores - habituais ou acidentais - desta senzala haverão de lembrar que, não faz tempo, o Sopa de Tamanco revelou a chave de todos os segredos. Toda vez que você se sentir ameaçado por alguma calamidade, pronuncie a senha mágica "Klatoo Barada Nikto". A ameaça se evaporará a olhos vistos ( aos que chegaram depois do início do filme :"Klatoo Barada Nikto" é a senha que, pronunciada diante de um robô alienígena, evita a destruição do planeta no filme "O Dia em que a Terra Parou", clássico meio trash na ficção científica).
Nunca esta senha foi tão necessária quanto nestes dias invernais.
A partir de agora, toda vez que uma autoridade tentar justificar a zona aérea com frases pretensiosamente espirituosas, comparações infelizes, metáforas desastrosas, pronuncie a senha diante da TV ou da página aberta do jornal: "Klatoo Barada Nikto !". Pode ser em voz baixa. Ou aos gritos.
Se todos repetirem o mantra, um dia os alienígenas entenderão a mensagem.
O abaixo assinado usou a senha, com bons resultados. Quando uma atendente de uma empresa aérea disse que iria "estar transferindo" a ligação, passei a repetir mecanicamente "klatoo barada nikto", "klatoo barada nikto" ,"klatto parada nikto".
Do outro lado da linha, ouvi, claro e nítido, um relincho que dizia "não estou entendendo, señor; pode repetir ?... "
Continuei repetindo. E assim se passou uma tarde no Cone Sul da América.
A DIFÍCIL ARTE DE MANTER A FORMA
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Possuindo uma paciência comparável à de um lama depois de dois baseados e uma serenidade de irritar o senador Suplicy, logo percebi que meu embate com a bicicleta ergométrica se daria na base da inteligência. Ou seja, a máquina tinha tudo para vencer por W.O.
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No entanto, sou brasileiro e não desisto nunca antes do assaltante me apontar a arma. Parti, portanto, para a empreitada com a determinação de um parlamentar fugindo do trabalho.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/04/possuindo-uma-pacincia-comparvel-de-um.html)
Possuindo uma paciência comparável à de um lama depois de dois baseados e uma serenidade de irritar o senador Suplicy, logo percebi que meu embate com a bicicleta ergométrica se daria na base da inteligência. Ou seja, a máquina tinha tudo para vencer por W.O.
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No entanto, sou brasileiro e não desisto nunca antes do assaltante me apontar a arma. Parti, portanto, para a empreitada com a determinação de um parlamentar fugindo do trabalho.
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(Texto completo, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/04/possuindo-uma-pacincia-comparvel-de-um.html)
AINDA NA PALESTINA, HÁ DOIS MIL ANOS...
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— Onde ela tá?
— Ela saiu, Senhor.
— Saiu?
— Uhm-hum.
— Mas ela não tava doente, com febre, à beira da morte?
— Tava. Quer dizer... Ela... melhorou.
— Melhorou assim, do nada?
— Uhm-hum.
— Pedro, Pedro, diz logo onde tá tua sogra, Pedro!
(Outros diálogos sacros, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/pequenos-incidentes-ocorridos-na_27.html)
— Onde ela tá?
— Ela saiu, Senhor.
— Saiu?
— Uhm-hum.
— Mas ela não tava doente, com febre, à beira da morte?
— Tava. Quer dizer... Ela... melhorou.
— Melhorou assim, do nada?
— Uhm-hum.
— Pedro, Pedro, diz logo onde tá tua sogra, Pedro!
(Outros diálogos sacros, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/pequenos-incidentes-ocorridos-na_27.html)
AH, NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO ESPANTO, LIVRAI-NOS DE LIXO COMO A BANDA CALYPSO....
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Nossa Senhora do Perpétuo Espanto, nós, humildes servos, postados a vossos pés, perguntamos: pode existir na face da terra
coisa pior, mais desqualificada e mais insuportável do que aquela Banda Calypso ? Vosso servo outro dia ouviu no rádio. Como é que alguém consegue cantar daquele jeito ? Que importa, Nossa Senhora do Perpétuo Espanto, que a banda faça "sucesso" ? Aqui em nossa República Verde-Amarela do Atlântico Sul, aliás, virou moda justificar tudo com números. Dizem que, se a banda vende milhares de CDs e se lota shows, então deve significar alguma coisa. Não significa, não, Nossa Senhora do Perpétuo Espanto. É lixo em quantidade industrial. Lixo. Lixo. Lixo. Em nome de princípios politicamente corretos e esteticamente indefensáveis, os cultuadores de lixo como a Calypso estão implantando o chamado "relativismo cultural". Ou seja: tudo é defensável, tudo é valioso, tudo é bom, tudo é interessante. Não existiria lixo, não existiria tosqueira, não existiria horror, não existiria despreparo. O problema é que existem, sim. Então, Nossa Senhora do Perpétuo Espanto, nossos ouvidos e nossas retinas querem dizer apenas uma palavra: não.
Nossa Senhora do Perpétuo Espanto, nós, humildes servos, postados a vossos pés, perguntamos: pode existir na face da terra
coisa pior, mais desqualificada e mais insuportável do que aquela Banda Calypso ? Vosso servo outro dia ouviu no rádio. Como é que alguém consegue cantar daquele jeito ? Que importa, Nossa Senhora do Perpétuo Espanto, que a banda faça "sucesso" ? Aqui em nossa República Verde-Amarela do Atlântico Sul, aliás, virou moda justificar tudo com números. Dizem que, se a banda vende milhares de CDs e se lota shows, então deve significar alguma coisa. Não significa, não, Nossa Senhora do Perpétuo Espanto. É lixo em quantidade industrial. Lixo. Lixo. Lixo. Em nome de princípios politicamente corretos e esteticamente indefensáveis, os cultuadores de lixo como a Calypso estão implantando o chamado "relativismo cultural". Ou seja: tudo é defensável, tudo é valioso, tudo é bom, tudo é interessante. Não existiria lixo, não existiria tosqueira, não existiria horror, não existiria despreparo. O problema é que existem, sim. Então, Nossa Senhora do Perpétuo Espanto, nossos ouvidos e nossas retinas querem dizer apenas uma palavra: não.
OS AVIÕES ABAFARAM OS MUGIDOS
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A zona aérea terminou ofuscando o escândalo do Senado. É injusto.
Que ninguém se esqueça dos bois do presidente do Senado.
Continuam mugindo, à espera de quem os explique.
A zona aérea terminou ofuscando o escândalo do Senado. É injusto.
Que ninguém se esqueça dos bois do presidente do Senado.
Continuam mugindo, à espera de quem os explique.
Ecoando meu caro Toni Marques, logo abaixo
Isso explica porque o Pará é o Pará e porque, de uma vez por todas, o PT tomou o Brasil de assalto.
(A pureza das esquerdas, podem introduzi-la no devido lugar).
(Quanto ao fato de ser mulher, pra ser sincero eu não tinha percebido).
(A pureza das esquerdas, podem introduzi-la no devido lugar).
(Quanto ao fato de ser mulher, pra ser sincero eu não tinha percebido).
BADFINGER : SUICÍDIOS EMBALADOS POR GUITARRAS....
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Pausa para um minuto de Sessão Nostalgia : era uma vez uma banda britânica chamada Badfinger. Apadrinhada pelo beatle George Harrison, fez sucesso nos anos setenta com músicas como "Day After Day". Um empresário gatuno passou a mão no dinheiro da banda. Para encurtar a história:
o líder da Badfinger, Pete Ham, enforcou-se em abril de 1975. Deixou um bilhete dizendo que o empresário, Stan Polley, era "um bastardo sem alma".
Oito anos depois, o parceiro de Ham na banda, Tom Evans, também se enforcou, no quintal de casa. Em outubro de 2005, Mike Gibbins, ex-integrante do Badfinger, morreu dormindo. Só restou um para contar a história, o guitarrista Joe Molland.
Em "Day After Day", o padrinho George Harrison toca guitarra.
Harrison morreu em novembro de 2001.
Assim caminha a humanidade.
Por que a lembrança fora de hora do Badfinger ? É que o navegador que vos fala tropeçou em imagens do grupo no You Tube, a primeira TV planetária.
Pausa para um minuto de Sessão Nostalgia : era uma vez uma banda britânica chamada Badfinger. Apadrinhada pelo beatle George Harrison, fez sucesso nos anos setenta com músicas como "Day After Day". Um empresário gatuno passou a mão no dinheiro da banda. Para encurtar a história:
o líder da Badfinger, Pete Ham, enforcou-se em abril de 1975. Deixou um bilhete dizendo que o empresário, Stan Polley, era "um bastardo sem alma".
Oito anos depois, o parceiro de Ham na banda, Tom Evans, também se enforcou, no quintal de casa. Em outubro de 2005, Mike Gibbins, ex-integrante do Badfinger, morreu dormindo. Só restou um para contar a história, o guitarrista Joe Molland.
Em "Day After Day", o padrinho George Harrison toca guitarra.
Harrison morreu em novembro de 2001.
Assim caminha a humanidade.
Por que a lembrança fora de hora do Badfinger ? É que o navegador que vos fala tropeçou em imagens do grupo no You Tube, a primeira TV planetária.
PÍLULAS DE VIDA DO D0UTOR SILVEIRA - 2
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É não só pitoresco como também esquisito: no Brasil, todo sociólogo é economista e todo economista é sociólogo.
Conheço um agrimensor que quer ser Ministro da Justiça.
Joel Silveira, datilografado por GMN
É não só pitoresco como também esquisito: no Brasil, todo sociólogo é economista e todo economista é sociólogo.
Conheço um agrimensor que quer ser Ministro da Justiça.
Joel Silveira, datilografado por GMN
PÍLULA DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA
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Três empregos no mundo me matam de inveja : o de Papa, o de presidente da Fifa e o de diretor-geral do Louvre.
Joel Silveira, datilografado por GMN
Três empregos no mundo me matam de inveja : o de Papa, o de presidente da Fifa e o de diretor-geral do Louvre.
Joel Silveira, datilografado por GMN
Açaí guardiã
A governadora do nosso querido Pará, Ana Júlia Carêpa!, acredita que R$ 5 mil - o valor do aluguel de sua casa, pago pelo querido contribuinte - é um dinheirinho "barato", conforme entrevista dada ao G1. E que a espinafração recebida por esta e por despesas alegadamente pessoais tem por motivação o fato de ela ser "de esquerda" e portar cromossomos XX.
Na parte pessoal, é forçoso dizer, a governadora diz que ter tido cabeleireiro e esteticista na folha de pagamento é natural, posto que governadores têm direito a tanto - cita seu antecessor e a então vice-governadora como exemplos. O Tribunal de Contas do Estado ainda não se pronunciou.
A cabeleireira e a esteticista foram exoneradas, mas as despesas dos serviços de ambas prosseguem sendo pagas pelo nobre cidadão da terra do açaí.
Fruta que nos remete, enfim, à piada: enquanto a Brazilian berry é propalada pelo mundo como antioxidante, a Brazilian wax da governadora é particularmente um antioxímoro.
Na parte pessoal, é forçoso dizer, a governadora diz que ter tido cabeleireiro e esteticista na folha de pagamento é natural, posto que governadores têm direito a tanto - cita seu antecessor e a então vice-governadora como exemplos. O Tribunal de Contas do Estado ainda não se pronunciou.
A cabeleireira e a esteticista foram exoneradas, mas as despesas dos serviços de ambas prosseguem sendo pagas pelo nobre cidadão da terra do açaí.
Fruta que nos remete, enfim, à piada: enquanto a Brazilian berry é propalada pelo mundo como antioxidante, a Brazilian wax da governadora é particularmente um antioxímoro.
26 de julho de 2007
ENQUANTO ISSO, NA PALESTINA...
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— E então, barbudo? Vamos tentar novamente. Qual o seu nome?
— Jesus de Nazaré, delegado. Mas pode me chamar de Filho do homem, a seu dispor.
— Pela última vez, amigo: cê tá pensando que eu sou trouxa? Não ouviu eu dizer que o tal Jesus morreu três dias atrás!
— Eu ressuscitei.
— Putz! Nunca vi desculpa mais ridícula. Tudo bem, pode voltar pra sua cela. Isso que dá fazer plantão em pleno Pessach. Só dá louco. Meu Deus!
— Chamou?
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(Mais heresias e vendas de indulgências, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/pequenos-incidentes-ocorridos-na.html)
— E então, barbudo? Vamos tentar novamente. Qual o seu nome?
— Jesus de Nazaré, delegado. Mas pode me chamar de Filho do homem, a seu dispor.
— Pela última vez, amigo: cê tá pensando que eu sou trouxa? Não ouviu eu dizer que o tal Jesus morreu três dias atrás!
— Eu ressuscitei.
— Putz! Nunca vi desculpa mais ridícula. Tudo bem, pode voltar pra sua cela. Isso que dá fazer plantão em pleno Pessach. Só dá louco. Meu Deus!
— Chamou?
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(Mais heresias e vendas de indulgências, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/pequenos-incidentes-ocorridos-na.html)
Bons tempos...
... aqueles em a gente podia confiar na TV Globo pra pôr ou tirar alguém do Planalto.
Volta, Dr. Roberto!
Volta, Dr. Roberto!
Primeiro lugar no ranking do ufanismo
A tal da Marta ganhou o direito de gravar seus pés no Maracanã. Estão dizendo que ela é como Pelé.
Meu Deus!
Meu Deus!
EXTREMA CRUELDADE
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Afinal de contas, os assassinos hereges que defendem o aborto não têm a menor idéia do soturno destino dos fetos, após serem retirados das barrigas das mães.A verdade monstruosa é que os pobres coitados são enviados a laboratórios de ciências de todo o Brasil, onde são cruelmente trancados em vidros de clorofórmio, sem acesso aos direitos mais básicos do brasileiro que se encontra vivo, como assistir à novela das 8, ser assaltado e votar no Clodovil.
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(Mais práticas condenadadas pela Convenção de Genebra, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/05/em-defesa-da-vida.html)
Afinal de contas, os assassinos hereges que defendem o aborto não têm a menor idéia do soturno destino dos fetos, após serem retirados das barrigas das mães.A verdade monstruosa é que os pobres coitados são enviados a laboratórios de ciências de todo o Brasil, onde são cruelmente trancados em vidros de clorofórmio, sem acesso aos direitos mais básicos do brasileiro que se encontra vivo, como assistir à novela das 8, ser assaltado e votar no Clodovil.
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(Mais práticas condenadadas pela Convenção de Genebra, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/05/em-defesa-da-vida.html)
FALHA DE COMUNICAÇÃO (OU CULTURA DEMAIS ÀS VEZES ATRAPALHA)
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— Que cara é essa, Afrânio? Chego em casa e te encontro assim, bebendo no meio da tarde... Afrânio! Afrâ-ni-ôoo, eu tô falando contigo. O que foi que houve? Desembucha.
— “When you are old and grey and full of sleep…”
— Ih, se tu tá recitando Shakespeare, Afrânio, algum desastre aconteceu. A última vez que te vi dizendo uma fala de Hamlet foi no enterro do teu pai.
— Pra começo de conversa, o verso é de Yeats. E, em segundo lugar, nunca recitei Shakespeare em toda a minha vida, muito menos no enterro de papai.
— Ah, não, é? Você acha que eu não saquei? Ouvi perfeitamente quando você apontou pro lado onde tava o jazigo e disse: “Poor Yorick!”
— Eu apontei pro lado onde tava o jazigo e disse “por aqui”, Marilda! Tava mostrando o caminho.
(Aqui, o diálogo completo: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/que-cara-essa-afrnio-chego-em-casa-e-te.html)
— Que cara é essa, Afrânio? Chego em casa e te encontro assim, bebendo no meio da tarde... Afrânio! Afrâ-ni-ôoo, eu tô falando contigo. O que foi que houve? Desembucha.
— “When you are old and grey and full of sleep…”
— Ih, se tu tá recitando Shakespeare, Afrânio, algum desastre aconteceu. A última vez que te vi dizendo uma fala de Hamlet foi no enterro do teu pai.
— Pra começo de conversa, o verso é de Yeats. E, em segundo lugar, nunca recitei Shakespeare em toda a minha vida, muito menos no enterro de papai.
— Ah, não, é? Você acha que eu não saquei? Ouvi perfeitamente quando você apontou pro lado onde tava o jazigo e disse: “Poor Yorick!”
— Eu apontei pro lado onde tava o jazigo e disse “por aqui”, Marilda! Tava mostrando o caminho.
(Aqui, o diálogo completo: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/que-cara-essa-afrnio-chego-em-casa-e-te.html)
"Alguns tiveram a forca como preço pelo próprio crime, outros, a coroa" (Juvenal)
Nelson Galeão Cumbica Jobim assumiu ontem o cargo dizendo que fila em aeroporto é o preço que se paga pela segurança. O ministro Guido Mantega Claybom já havia dito que as filas eram o preço que se pagava pelo desenvolvimento econômico do país (mais gente viajando, blábláblá). Anos antes, o então ministro Ricardo Nhonho Berzoini não só disse como fez os velhinhos pagarem o preço de ser aposentados. Os brasileiros que não votaram em Lula pagam o preço de tê-lo como, digamos, presidente. Como já alertara Juvenal, nas Sátiras, o preço do crime, para alguns, foi a forca; para outros, a coroa (Bruno Garschagen).
Grandes frases avacalhadas
'O PREÇO DA LIBERDADE É A ETERNA VIGILÂNCIA NA FILA.'
Wendell Philips, abolicionista, orador e antepassado de John 'Mamas & Papas' Philips, que não está indo para São Francisco
Wendell Philips, abolicionista, orador e antepassado de John 'Mamas & Papas' Philips, que não está indo para São Francisco
O HOMEM, ESTA BESTA
Dos animais irracionais, o ser humano é, sem dúvida, o mais apto a provocar danos aos seus semelhantes. Isso, claro, se excetuarmos espécies mais brutas, como os executivos de empresas de planos de saúde e, num grau um pouco menos nocivo, os dragões quando tentam tirar cisco do olho uns dos outros.
Ao longo dos séculos, os homens conseguiram desenvolver uma série de estratagemas e artefatos cujo único fim é machucar ou atentar contra a vida do seu próximo (facas, lanças, revólveres, canhões e CDs de country music). E não só dele, mas até mesmo de seus nem tão próximos assim (mísseis intercontinentais e Canal do Boi).
(Mais sobre homens e demais animais selvagens, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/06/terrorismo.html)
SOPA DE TAMANCO RECEBE PRÊMIO !
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Bomba ! O Sopa de Tamanco acaba de receber o prêmio de melhor blog criado em 2007 no Atlântico Sul.
Que bom !
Quem deu o prêmio ? - perguntará o internauta curioso e impertinente.
O Comitê Central do Sopa de Tamanco responderá em coro: "Ninguém! Ou seja: nós mesmos! Qual é o problema ? Para que fazer eleição ? Em Cuba não é assim ? Por que é aqui neste blog seria diferente ? Vai encarar ? Se não concorda, pegue um barco e vá para Miami!"
Bomba ! O Sopa de Tamanco acaba de receber o prêmio de melhor blog criado em 2007 no Atlântico Sul.
Que bom !
Quem deu o prêmio ? - perguntará o internauta curioso e impertinente.
O Comitê Central do Sopa de Tamanco responderá em coro: "Ninguém! Ou seja: nós mesmos! Qual é o problema ? Para que fazer eleição ? Em Cuba não é assim ? Por que é aqui neste blog seria diferente ? Vai encarar ? Se não concorda, pegue um barco e vá para Miami!"
DIRETO DA PALESTINA (POR VOLTA DE 33 d.C)
— Foi exatamente assim. Desde então, ela nunca mais sangrou.
— Puxa! Nem "naqueles dias", cara?
— Não. Nem "naqueles dias".
— E os efeitos colaterais?
— Da menstruação? Também sumiram, rapaz. Não tenta me bater, não grita, não atira vasos. Fica calminha, calminha.
— Mas isso é uma milagre!
— Nem me fale. Bendito Jesus!
(Mais palavras que levam à geena, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/pequenos-incidentes-ocorridos-na.html)
Nós avisamos - O oráculo é mais embaixo
O extraordinário dom da vidência se manifesta em apenas um blog do nosso querido Brasil.
Brasília, 26/07/2007 - 13h52
"Nós precisamos rever essa estruturação. Nós não podemos deixar que haja mais comando fora de regências. Isto aqui tem que funcionar como uma orquestra. E o maestro sou eu. Sob as ordens do presidente Lula", afirmou Jobim.
São Sebanistão, 25/07/2007 11:26:00 AM
'Enriqueça seu vocabulário aeroportuário
Agora que o ministro Nelson Tom Jobim tornará a surfar a wave do governo do nosso querido Brasil, convém o noticialismo financeiro prestar atenção redobrada ao seu rico vocabulário.' (...)
http://sopadetamanco.blogspot.com/2007/07/enriquea-seu-vocabulrio-aeroporturio.html
Brasília, 26/07/2007 - 13h52
"Nós precisamos rever essa estruturação. Nós não podemos deixar que haja mais comando fora de regências. Isto aqui tem que funcionar como uma orquestra. E o maestro sou eu. Sob as ordens do presidente Lula", afirmou Jobim.
São Sebanistão, 25/07/2007 11:26:00 AM
'Enriqueça seu vocabulário aeroportuário
Agora que o ministro Nelson Tom Jobim tornará a surfar a wave do governo do nosso querido Brasil, convém o noticialismo financeiro prestar atenção redobrada ao seu rico vocabulário.' (...)
http://sopadetamanco.blogspot.com/2007/07/enriquea-seu-vocabulrio-aeroporturio.html
Voltamos à era do jegue ou da bicicleta
Como os grandes líderes agem para impedir que os insatisfeitos fujam do país? Stálin, amor de pessoa, metia os ingratos nos gulags; Hitler, um docinho, nos campos de concentração; Mao, uma fofura, nos campos de trabalhos forçados; Fidel, gente boníssima, nas prisões subterrâneas. E o que faz Lula? Acaba com o setor aéreo. Se alguém quiser sair do Brasil tem que apelar para bicicleta ou jegue. Lula conseguiu acabar com um achado aqui do Rio que dizia: nossa única saída é o Galeão (Bruno Garschagen).
Divagações em crise
"Os pepinos fazem parte da vida, certo? O importante não é o pepino . O importante é saber lidar com o pepino, saber cozinhar o pepino, cortá-lo corretamente. É ter inteligência para trabalhar com os pepinos e, principalmente, ter calma para se trabalhar com pepino."
Brigadeiro José Carlos Pepino, o Breve
A discussão sobre o que é e o que não é arte é mais simples do que se supõe
Uma inscrição, artesanato ou colarzinho feito por um aborígene pode ser considerado arte? Pode-se argumentar que depois do penico de Duchamps tudo é permitido, o que ratifica a tese de que se Deus não existe tudo é permitido ou, como prefiro, deveria ser inventado. Mas, o que fez Duchamp era arte? Obviously not, é o que sempre digo, repetindo meu bulldog inglês, o pequeno Winston Churchill.
A discussão sobre o que é e o que não é arte é mais simples do que se supõe. Arte é o belo, o bom. O resto é a porcaria. Como identificar o belo, o bom? Coteje um quadro de Monet, para citar um pintor moderno, com um de Frida Kahlo. Monet é o belo, o bom; Frida, o feio, o mau. Não é difícil, viu? Se alguém que você conhece não conseguir fazer essa diferenciação, por amor cristão, tente explicar-lhe. Se a tentativa se revelar inútil não tema ser franco e diga, sem pudores: “entre mim e você há uma besta. E para lhe ajudar, digo logo: não sou eu”.
A discussão sobre o que é e o que não é arte é mais simples do que se supõe. Arte é o belo, o bom. O resto é a porcaria. Como identificar o belo, o bom? Coteje um quadro de Monet, para citar um pintor moderno, com um de Frida Kahlo. Monet é o belo, o bom; Frida, o feio, o mau. Não é difícil, viu? Se alguém que você conhece não conseguir fazer essa diferenciação, por amor cristão, tente explicar-lhe. Se a tentativa se revelar inútil não tema ser franco e diga, sem pudores: “entre mim e você há uma besta. E para lhe ajudar, digo logo: não sou eu”.
BRASIL: UMA MERITOCRACIA
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Apesar do achincalhe da malta ignara, sempre defendi ser este um país que premia os indivíduos de acordo com seus méritos. Sendo o principal deles, por exemplo, o mérito de ter um amigo influente.
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(Mais do mesmo: http://marconileal.blogspot.com/2007/05/pela-imediata-legalizao-dos.html)
Apesar do achincalhe da malta ignara, sempre defendi ser este um país que premia os indivíduos de acordo com seus méritos. Sendo o principal deles, por exemplo, o mérito de ter um amigo influente.
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(Mais do mesmo: http://marconileal.blogspot.com/2007/05/pela-imediata-legalizao-dos.html)
DIÁLOGOS PALESTINOS (POR VOLTA DE 33 d.C.)
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— Que cara é essa?
— Você queria que eu estivesse como? Faz quatro dias que não aparece freguês! Quatro dias!
— Estranho. Que será que aconteceu?
— Sei lá. Só sei que desde que aquele sujeito com sotaque de Nazaré apareceu por aqui, os clientes sumiram.
— Que coisa!
— Pois é. Nunca mais vendi um pão!
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(Mais passagens em terceira classe para o Inferno, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/pequenos-incidentes-ocorridos-na.html)
— Que cara é essa?
— Você queria que eu estivesse como? Faz quatro dias que não aparece freguês! Quatro dias!
— Estranho. Que será que aconteceu?
— Sei lá. Só sei que desde que aquele sujeito com sotaque de Nazaré apareceu por aqui, os clientes sumiram.
— Que coisa!
— Pois é. Nunca mais vendi um pão!
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(Mais passagens em terceira classe para o Inferno, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/pequenos-incidentes-ocorridos-na.html)
Didática da Pedra (ou A Capitalização das Tragédias)
"ACESSE O SOPA DE TAMANCO, O ÚNICO BLOG QUE NÃO DECOLA NEM ATRASA."
Grandes frases avacalhadas - Almirantado
"QUESTÕES DESESPERADAS EXIGEM MEDIDAS DESESPERADAS."
Lord Horatio Nelson Jobim
PERGUNTA FEITA AOS CÉUS
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Os criadores daquele anúncio de cerveja que fala em "é ponto" - assim como seus parentes em primeiro, segundo e terceiro graus, a recepcionista, o motorista, os contínuos e os diretores da agência que criou a campanha - continuam soltos ?
Os criadores daquele anúncio de cerveja que fala em "é ponto" - assim como seus parentes em primeiro, segundo e terceiro graus, a recepcionista, o motorista, os contínuos e os diretores da agência que criou a campanha - continuam soltos ?
Upload divino
O presidente do nosso querido Brasil, durante a posse do ministro Nelson Tom Jobim, saiu-se com uma franqueza napoleônica:
"Quando o avião fecha a porta eu entrego minha sorte a Deus. E entrego porque estou na mão de um comandante, de uma máquina ultramoderna, de controladores de vôo, mas também das intempéries que os seres humanos nem sempre podem controlar".
"Nem sempre"? É bem verdade que os chineses afirmam estar tentando alguma coisa na linha da chuva artificial, mas nada comparável ao que, nos arcanos da mente executiva, ora se desenha.
Para o Ministério da Chuva, será nomeado alguém com longa história de mãos molhadas, encontrável na lista do mensalão;
Para o Ministério do Terremoto, ninguém melhor do que Roberto Jefferson;
Para o Ministério da Ressaca, pela segunda vez um estrangeiro de boa cepa (o primeiro é o titular de Longo Prazo): Larry Rohter;
Para o Ministério do Tornado, Camila Pitanga, posto que detém um tufão nos quadris;
Para o Ministério da Seca, tantos são os maconheiros de São Sebanistão, que será melhor organizar um reality show para sacar o melhor candidato.
"Quando o avião fecha a porta eu entrego minha sorte a Deus. E entrego porque estou na mão de um comandante, de uma máquina ultramoderna, de controladores de vôo, mas também das intempéries que os seres humanos nem sempre podem controlar".
"Nem sempre"? É bem verdade que os chineses afirmam estar tentando alguma coisa na linha da chuva artificial, mas nada comparável ao que, nos arcanos da mente executiva, ora se desenha.
Para o Ministério da Chuva, será nomeado alguém com longa história de mãos molhadas, encontrável na lista do mensalão;
Para o Ministério do Terremoto, ninguém melhor do que Roberto Jefferson;
Para o Ministério da Ressaca, pela segunda vez um estrangeiro de boa cepa (o primeiro é o titular de Longo Prazo): Larry Rohter;
Para o Ministério do Tornado, Camila Pitanga, posto que detém um tufão nos quadris;
Para o Ministério da Seca, tantos são os maconheiros de São Sebanistão, que será melhor organizar um reality show para sacar o melhor candidato.
COMO DIRIA NÉLSON RODRIGUES, "AOS CRETINOS FUNDAMENTAIS, NEM ÁGUA !"
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Um belo dia, você, coberto de trapos, com a voz trêmula, apoiado num cajado comprado em Islamabad, tentará reunir jovens aspirantes ao jornalismo à sombra de uma árvore, numa cidadezinha do interior do Brasil, para contar vantagem a eles.
Ninguém prestará atenção, é claro. Você,então, se dirigirá para o melhor de todos os ouvintes : o vento (acabo de cometer uma injustiça : o melhor de todos os ouvintes é a parede. Mas tudo bem).
Contar vantagem para o vento e as paredes é o que faz todo dinossauro que se preze. Você, íntimo do vento e das paredes, segue adiante.
Tenho uma vantagem a contar : já vi um jogo da seleção brasileira, diante da TV, em companhia do grandesíssimo cronista Nélson Rodrigues. Detalhe : um minuto antes do começo do jogo, Nélson Rodrigues não sabia contra quem a seleção ia jogar. Quando a TV repetiu um gol da seleção, ele pensou que o placa já estava dois a zero.
Assim:
"Nélson parece distante da disputa que se desenrola,ali,diante de nós,no vídeo da TV,entre a seleção brasileira e o escrete peruano. Faz ao repórter uma pergunta incrível : “Quem é o nosso adversário hoje ? “. Informo que é o Peru.
Fique registrado para a posteridade que o maior cronista do futebol brasileiro não precisava necessariamente saber quem era nosso adversário.
Quando Zico faz um a zero,aos trinta e quatro minutos do primeiro tempo,Nélson interrompe a entrevista para inaugurar,aos brados,uma nova expressão exclamativa :
- Que coisa beleza ! Que coisa beleza !
Depois,pede à família : “Pessoal,com licença dos nossos visitantes,vamos fechar essa máquina porque já estou começando a ficar nervoso”. Aos não iniciados nas sutilezas do dialeto rodrigueano, esclareça-se que “fechar a máquina” significa desligar a televisão – o que,aliás,não foi feito. Nélson dispara,então,um julgamento entusiasmado sobre o escrete dirigido por Cláudio Coutinho :
- Mas esses rapazes são uns gênios ! Uns gênios !
O repórter seria novamente surpreendido. Nélson já perguntara quem era “nosso adversário”. Agora,ao ver o replay do gol recém-marcado, toma um susto : “Mas já houve dois gols ? “. Digo a ele que não : é apenas a repetição do primeiro gol. O placar é um a zero. O gênio da raça concorda com um “ah,sim !”. Teria dois outros motivos para vibrar : o mineiro Reinaldo – que entraria no lugar de Nunes - faria dois gols,aos 20 e aos 40 minutos do segundo tempo,para fechar o placar : Brasil 3 x O Peru.
(Corro à banca no dia seguinte para comprar o jornal. O que diabos Nélson Rodrigues teria escrito sobre o jogo que eu não o deixara ver ? Eis :
- Vejam vocês como o futebol é estranho – às vezes maligno e feroz.Mas não quero ter fantasias esplêndidas.O jogo Brasil x Peru,ontem,no Mário Filho,não assustou a gente.Diz o nosso João Saldanha : “O Brasil fez seu jogo,jogo brasileiro”. Vocês entendem ? Não há mistério.O brasileiro é assim.Quando um de nós se esquece da própria identidade,ganha de qualquer um.Outra coisa formidável : na semana passada,um craque nosso veio me dizer : “Nélson,é preciso que você não se esqueça : ao cretino fundamental,nem água”. O jogo foi lindo”.
Penso com meus botões que Nélson não precisou esperar pelo início do jogo para escrever a crônica. Com certeza, despachou o texto para o jornal antes da chegada do repórter intruso. Os “idiotas da objetividade” se encarregariam de registrar,nas páginas esportivas,o jogo real. Porque o jogo de Nélson seria lindo de qualquer maneira. E aos cretinos fundamentais ? "Aos cretinos fundamentais, nem água".
(Aqui, o texto completo: http://www.geneton.com.br/archives/000012.html)
Um belo dia, você, coberto de trapos, com a voz trêmula, apoiado num cajado comprado em Islamabad, tentará reunir jovens aspirantes ao jornalismo à sombra de uma árvore, numa cidadezinha do interior do Brasil, para contar vantagem a eles.
Ninguém prestará atenção, é claro. Você,então, se dirigirá para o melhor de todos os ouvintes : o vento (acabo de cometer uma injustiça : o melhor de todos os ouvintes é a parede. Mas tudo bem).
Contar vantagem para o vento e as paredes é o que faz todo dinossauro que se preze. Você, íntimo do vento e das paredes, segue adiante.
Tenho uma vantagem a contar : já vi um jogo da seleção brasileira, diante da TV, em companhia do grandesíssimo cronista Nélson Rodrigues. Detalhe : um minuto antes do começo do jogo, Nélson Rodrigues não sabia contra quem a seleção ia jogar. Quando a TV repetiu um gol da seleção, ele pensou que o placa já estava dois a zero.
Assim:
"Nélson parece distante da disputa que se desenrola,ali,diante de nós,no vídeo da TV,entre a seleção brasileira e o escrete peruano. Faz ao repórter uma pergunta incrível : “Quem é o nosso adversário hoje ? “. Informo que é o Peru.
Fique registrado para a posteridade que o maior cronista do futebol brasileiro não precisava necessariamente saber quem era nosso adversário.
Quando Zico faz um a zero,aos trinta e quatro minutos do primeiro tempo,Nélson interrompe a entrevista para inaugurar,aos brados,uma nova expressão exclamativa :
- Que coisa beleza ! Que coisa beleza !
Depois,pede à família : “Pessoal,com licença dos nossos visitantes,vamos fechar essa máquina porque já estou começando a ficar nervoso”. Aos não iniciados nas sutilezas do dialeto rodrigueano, esclareça-se que “fechar a máquina” significa desligar a televisão – o que,aliás,não foi feito. Nélson dispara,então,um julgamento entusiasmado sobre o escrete dirigido por Cláudio Coutinho :
- Mas esses rapazes são uns gênios ! Uns gênios !
O repórter seria novamente surpreendido. Nélson já perguntara quem era “nosso adversário”. Agora,ao ver o replay do gol recém-marcado, toma um susto : “Mas já houve dois gols ? “. Digo a ele que não : é apenas a repetição do primeiro gol. O placar é um a zero. O gênio da raça concorda com um “ah,sim !”. Teria dois outros motivos para vibrar : o mineiro Reinaldo – que entraria no lugar de Nunes - faria dois gols,aos 20 e aos 40 minutos do segundo tempo,para fechar o placar : Brasil 3 x O Peru.
(Corro à banca no dia seguinte para comprar o jornal. O que diabos Nélson Rodrigues teria escrito sobre o jogo que eu não o deixara ver ? Eis :
- Vejam vocês como o futebol é estranho – às vezes maligno e feroz.Mas não quero ter fantasias esplêndidas.O jogo Brasil x Peru,ontem,no Mário Filho,não assustou a gente.Diz o nosso João Saldanha : “O Brasil fez seu jogo,jogo brasileiro”. Vocês entendem ? Não há mistério.O brasileiro é assim.Quando um de nós se esquece da própria identidade,ganha de qualquer um.Outra coisa formidável : na semana passada,um craque nosso veio me dizer : “Nélson,é preciso que você não se esqueça : ao cretino fundamental,nem água”. O jogo foi lindo”.
Penso com meus botões que Nélson não precisou esperar pelo início do jogo para escrever a crônica. Com certeza, despachou o texto para o jornal antes da chegada do repórter intruso. Os “idiotas da objetividade” se encarregariam de registrar,nas páginas esportivas,o jogo real. Porque o jogo de Nélson seria lindo de qualquer maneira. E aos cretinos fundamentais ? "Aos cretinos fundamentais, nem água".
(Aqui, o texto completo: http://www.geneton.com.br/archives/000012.html)
QUE COISA PATÉTICA....
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É tradição, blá-blá-blá-blá-blá-blá, mas, com toda honestidade, existe coisa mais ridícula do que um ator virar para outro numa noite de estréia e dizer "merda!" para desejar boa sorte ?
Quem foi o merda que inventou essa história ?
Imagine-se a cena em outra situação: um repórter se vira para o editor na hora do fechamento de uma página e diz : "Merda! "
Um médico olha para o ventre aberto de um paciente na hora da operação e exclama para o assistente: "Merda!". Um piloto encara o co-piloto na hora da decolagem e suspira: "Merda!".
Receberiam voz de prisão na hora.
É tradição, blá-blá-blá-blá-blá-blá, mas, com toda honestidade, existe coisa mais ridícula do que um ator virar para outro numa noite de estréia e dizer "merda!" para desejar boa sorte ?
Quem foi o merda que inventou essa história ?
Imagine-se a cena em outra situação: um repórter se vira para o editor na hora do fechamento de uma página e diz : "Merda! "
Um médico olha para o ventre aberto de um paciente na hora da operação e exclama para o assistente: "Merda!". Um piloto encara o co-piloto na hora da decolagem e suspira: "Merda!".
Receberiam voz de prisão na hora.
DIAGNÓSTICO : GENTALHA
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Sérgio Augusto:
"Não tenha dúvida: a mídia é a maior responsável pela patética e jeca vassalagem a celebridades que, a partir da década de 1990, virou um flagelo mundial. O jeca é uma cortesia de Paulo Francis, que sentia furibundo desprezo pela fama imerecida, por celebridades forjadas pela mídia, criaturas que são-famosas-porque-sçao-famosas, que nada fizeram de meritório para o destaque que a imprensa lhes dá. Ou então fazem coisas que a imprensa, por uma questão de decoro, deveria ocultar de seus leitores ( Se você pensou em Narcisa Tamborindeguy e quejandos, meus parabéns). "Sabe porque os editores de jornais e revistas dão tanta luz a essa gentalha ? ", comentou comigo Paulo Francis, pouco antes de morrer. "Porque todos eles, com raras exceções, são jecas e deslumbrados, que ainda ontem só andavam de ônibus, vestiam terno da Ducal, achavam o fino tomar vinho rosé e comeram o seu primeiro patê aos vinte e cinco anos".
(Trecho de "Assim Rasteja a Humanidade", artigo publicado no livro "As Penas do Ofício", Sérgio Augusto, Editora Agir. Bela leitura).
Sérgio Augusto:
"Não tenha dúvida: a mídia é a maior responsável pela patética e jeca vassalagem a celebridades que, a partir da década de 1990, virou um flagelo mundial. O jeca é uma cortesia de Paulo Francis, que sentia furibundo desprezo pela fama imerecida, por celebridades forjadas pela mídia, criaturas que são-famosas-porque-sçao-famosas, que nada fizeram de meritório para o destaque que a imprensa lhes dá. Ou então fazem coisas que a imprensa, por uma questão de decoro, deveria ocultar de seus leitores ( Se você pensou em Narcisa Tamborindeguy e quejandos, meus parabéns). "Sabe porque os editores de jornais e revistas dão tanta luz a essa gentalha ? ", comentou comigo Paulo Francis, pouco antes de morrer. "Porque todos eles, com raras exceções, são jecas e deslumbrados, que ainda ontem só andavam de ônibus, vestiam terno da Ducal, achavam o fino tomar vinho rosé e comeram o seu primeiro patê aos vinte e cinco anos".
(Trecho de "Assim Rasteja a Humanidade", artigo publicado no livro "As Penas do Ofício", Sérgio Augusto, Editora Agir. Bela leitura).
E AGORA ? PARA ONDE VAI O PAÍS ?
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Confirmado pelas agências de notícias: a Soul Funk, banda que acompanha Júnior, o irmão de Sandy, foi desfeita.
Vai fazer uma falta.....
Confirmado pelas agências de notícias: a Soul Funk, banda que acompanha Júnior, o irmão de Sandy, foi desfeita.
Vai fazer uma falta.....
Vem aí a paravaia?
Da newsletter do prefeito Cesar Vaia, hoje:
'Ontem a assessoria íntima de Lula informou que ele não virá à festa de encerramento do PAN, mas virá a festa de Abertura do Para-Pan dia 12 de agosto na Arena Olímpica do Rio!'
'Ontem a assessoria íntima de Lula informou que ele não virá à festa de encerramento do PAN, mas virá a festa de Abertura do Para-Pan dia 12 de agosto na Arena Olímpica do Rio!'
PÍLULAS DE VIDA DOUTOR SILVEIRA - 2
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Pergunto eu: sob o ponto de ecológico e levando em conta o equilíbrio do meio ambiente, o que é mais necessário? Um urubu ou um cantor baiano ?
Joel Silveira, datilografado por GMN
Pergunto eu: sob o ponto de ecológico e levando em conta o equilíbrio do meio ambiente, o que é mais necessário? Um urubu ou um cantor baiano ?
Joel Silveira, datilografado por GMN
PÍLULAS DE VIDA DO DOUTOR SILVEIRA - 1
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São irrerversíveis os efeitos colaterais que pode causar a indiscriminada produção de má literatura.
Joel Silveira, datilografado por GMN
São irrerversíveis os efeitos colaterais que pode causar a indiscriminada produção de má literatura.
Joel Silveira, datilografado por GMN
DOIS MILÊNIOS ATRÁS, NA PALESTINA...
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— Quantos?
— Quinze. E vocês?
— Trezentos e vinte e quatro. Ganhamos de novo.
— Droga!
— Vamos mais uma?
— Vamos. Mas agora Jesus pesca do nosso lado.
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(Mais diálogos tendentes a espicaçar a ira de Bento XVI, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/pequenos-incidentes-ocorridos-na.html)
— Quantos?
— Quinze. E vocês?
— Trezentos e vinte e quatro. Ganhamos de novo.
— Droga!
— Vamos mais uma?
— Vamos. Mas agora Jesus pesca do nosso lado.
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(Mais diálogos tendentes a espicaçar a ira de Bento XVI, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/pequenos-incidentes-ocorridos-na.html)
25 de julho de 2007
Acepipes do Planalto Central
O presidente do nosso querido Brasil, pouca gente sabe, tem uma bagagem gastronômica que, em vôos comerciais, demandaria fortunas para ser devidamente liberada no check-in.
Da cozinha presidencial saem iguarias capazes de fazer o Renato Machado agredir o Ed Motta na fila do Bob's.
São clássicos secretos, mas o SDT conseguiu contratar, como Pessoa Jurídica, um contínuo da Kroll.
Disfarçado de bolinho de bacalhau, o espião freelance elencou e documentou as seguintes delícias concebidas e executadas nas madrugadas insones das lides executivas:
Sushi de sermão;
Massas falidas;
Steak Martar sobre Leito Esplêndido;
Mousse de Ananac;
Brigadeiro frito.
Da cozinha presidencial saem iguarias capazes de fazer o Renato Machado agredir o Ed Motta na fila do Bob's.
São clássicos secretos, mas o SDT conseguiu contratar, como Pessoa Jurídica, um contínuo da Kroll.
Disfarçado de bolinho de bacalhau, o espião freelance elencou e documentou as seguintes delícias concebidas e executadas nas madrugadas insones das lides executivas:
Sushi de sermão;
Massas falidas;
Steak Martar sobre Leito Esplêndido;
Mousse de Ananac;
Brigadeiro frito.
Especulações mediúnicas - Fairey F III-D "Lusitânia"
- O que Sacadura Cabral e Gago Coutinho diriam numa hora dessa?
- Nada.
- Nada.
A longa marcha da apoplexia
Estamos indo bem. A apoplexia, o mais novo esporte nacional, acaba de chegar à torcida do Corinthias. Os neurastênicos pardos ibge mostram o seu valor. É isso: vamos deixar a apoplexia trabalhar. A calmaria só nos trouxe degredados e doenças venéreas.
PERSONAL THINKER
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Estou pensando em patentear a idéia de "personal thinker" e explorar esse promissor ramo do empreendimento cérebro-desportivo. Não no Brasil, evidentemente, onde já alcançamos um nível de desenvolvimento neuronial que dispensa a ocupação com ninharias como o pensamento abstrato e o raciocínio lógico, preferindo aplicar-nos a práticas mais desafiadoras: eliminar participantes de reality shows pelo telefone ou escrever letras de música popular usando apenas três vogais e alguns gemidos, por exemplo.
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Estou visando, isso sim, nações exóticas e de insuficiente capacidade intelectual que, em pleno século XXI, diante de todos os avanços feitos pelo homem nas artes e na indústria, ainda se dedicam a atividades atrasadas e lúridas como a filosofia e a ciência.
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(Mais informações sobre esta imperdível oportunidade de negócios, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/04/personal-thinker.html)
Estou pensando em patentear a idéia de "personal thinker" e explorar esse promissor ramo do empreendimento cérebro-desportivo. Não no Brasil, evidentemente, onde já alcançamos um nível de desenvolvimento neuronial que dispensa a ocupação com ninharias como o pensamento abstrato e o raciocínio lógico, preferindo aplicar-nos a práticas mais desafiadoras: eliminar participantes de reality shows pelo telefone ou escrever letras de música popular usando apenas três vogais e alguns gemidos, por exemplo.
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Estou visando, isso sim, nações exóticas e de insuficiente capacidade intelectual que, em pleno século XXI, diante de todos os avanços feitos pelo homem nas artes e na indústria, ainda se dedicam a atividades atrasadas e lúridas como a filosofia e a ciência.
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(Mais informações sobre esta imperdível oportunidade de negócios, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/04/personal-thinker.html)
Grandes canções avacalhadas - Waldir Alexandre Pires
Como una ola en el mar
'Nada de lo que es, sera
Lo nuevo se espera cada nuevo dia
Todo pasa, todo siempre pasara
La vida viene en olas como el mar
Nunca existio el infinito
Eso que se ve, no es
Igual que la gente cambia en un segundo
Todo cambia
El tiempo y todo en el mundo
Y si pretendes fingir
Es mentirte a ti mismo
Ahora, hay tanta vida alla afuera
Y aqui dentro
Siempre como una ola en el mar
Como una ola en el mar
Como una ola en el mar'
'Nada de lo que es, sera
Lo nuevo se espera cada nuevo dia
Todo pasa, todo siempre pasara
La vida viene en olas como el mar
Nunca existio el infinito
Eso que se ve, no es
Igual que la gente cambia en un segundo
Todo cambia
El tiempo y todo en el mundo
Y si pretendes fingir
Es mentirte a ti mismo
Ahora, hay tanta vida alla afuera
Y aqui dentro
Siempre como una ola en el mar
Como una ola en el mar
Como una ola en el mar'
ENQUANTO ISSO, DOIS MIL ANOS ATRÁS, NA PALESTINA...
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— A herança veio em boa hora!
— Finalmente a gente vai poder reformar a casa, hein?
— Sonhei minha vida toda com isso, mulher.
— Graças a Deus!
— Pobre menina.
— Sim, pobre. Mas nos deixou ricos.
— Bom, vamos acompanhar o cortejo até o cemitério?
— Vamos, sim. Ué, mas que tumulto é aquele?
— Tem um cabeludo se aproximando ali do caixão.
— Que será que ele vai fa... Filho da p...!
.
(Mais blasfêmias que resultem em castigos eternos, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/h-dois-mil-anos-na-palestina-1.html)
— A herança veio em boa hora!
— Finalmente a gente vai poder reformar a casa, hein?
— Sonhei minha vida toda com isso, mulher.
— Graças a Deus!
— Pobre menina.
— Sim, pobre. Mas nos deixou ricos.
— Bom, vamos acompanhar o cortejo até o cemitério?
— Vamos, sim. Ué, mas que tumulto é aquele?
— Tem um cabeludo se aproximando ali do caixão.
— Que será que ele vai fa... Filho da p...!
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(Mais blasfêmias que resultem em castigos eternos, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/07/h-dois-mil-anos-na-palestina-1.html)
O TAMANQUEIRO PERGUNTA: QUEM LÊ TANTO BLOG ?
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Nélson Rodrigues ( sempre ele!) dizia que a vida é a busca desesperada por um ouvinte.
Fico pensando: para que diabos serve um blog ?
O co-tamanqueiro Amin Stepple atualiza para os anos 2000 a velha pergunta:
quem lê tanto blog ?
Cravo na opção "a" : fazer blog é a maneira mais curta de encontrar um ouvinte (um que seja !).
Mas, para bípedes que, como o abaixo assinado, terminaram tombando no jornalismo por falta de aptidão para o exercício de outras tarefas mais nobres, escrever para um blog traz uma compensação extra.
Que é a seguinte: em um blog, cada um é dono absoluto do próprio nariz.
Noviços em jornalismo podem ficar chocados, mas juro por Nossa Senhora do Perpétuo Espanto que o que vou contar agora é fato confirmadíssimo: em pelo menos doze situações diferentes, num curto espaço de tempo, editores acrescentaram INFORMAÇÕES ERRADAS a textos enviados por este repórter a redações. Não estou falando em intervenções comésticas no texto. Estou falando de ERROS que foram publicados com meu nome.
Não há outro nome: são assassinos.
Tal absurdo não acontece num blog ou num site.
Resumo da ópera: o bom do blog não é encontar um ouvinte (um que seja!). É não encontrar jamais, sob hipótese alguma, um editor ou copidesque.
Já vale a viagem.
Nélson Rodrigues ( sempre ele!) dizia que a vida é a busca desesperada por um ouvinte.
Fico pensando: para que diabos serve um blog ?
O co-tamanqueiro Amin Stepple atualiza para os anos 2000 a velha pergunta:
quem lê tanto blog ?
Cravo na opção "a" : fazer blog é a maneira mais curta de encontrar um ouvinte (um que seja !).
Mas, para bípedes que, como o abaixo assinado, terminaram tombando no jornalismo por falta de aptidão para o exercício de outras tarefas mais nobres, escrever para um blog traz uma compensação extra.
Que é a seguinte: em um blog, cada um é dono absoluto do próprio nariz.
Noviços em jornalismo podem ficar chocados, mas juro por Nossa Senhora do Perpétuo Espanto que o que vou contar agora é fato confirmadíssimo: em pelo menos doze situações diferentes, num curto espaço de tempo, editores acrescentaram INFORMAÇÕES ERRADAS a textos enviados por este repórter a redações. Não estou falando em intervenções comésticas no texto. Estou falando de ERROS que foram publicados com meu nome.
Não há outro nome: são assassinos.
Tal absurdo não acontece num blog ou num site.
Resumo da ópera: o bom do blog não é encontar um ouvinte (um que seja!). É não encontrar jamais, sob hipótese alguma, um editor ou copidesque.
Já vale a viagem.
NÃO ADIANTA NEM TENTAR
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É perda de tempo: Vossa Senhoria não vai encontrar um blog mais variado, mais atualizado e mais atento do que este.
Pode conferir.
Aqui no Sopa de Tamanco, Vossa Senhoria será sempre encaminhada para os melhores blogs ( vá, mas faça o favor de voltar). Conhecerá com quantos paus se dá uma tamancada. Nossas antenas estão ligadas dia e noite.
Então, neste momento grave da vida nacional, o Sopa de Tamanco convoca os tamanqueiros a botar a boca no trombone: toda propaganda é pouca.
Se cada internauta trouxer outro para visitar o Sopa de Tamanco, em breve o Brasil sairá do fundo do poço.
Palavra do Comitê Central.
É perda de tempo: Vossa Senhoria não vai encontrar um blog mais variado, mais atualizado e mais atento do que este.
Pode conferir.
Aqui no Sopa de Tamanco, Vossa Senhoria será sempre encaminhada para os melhores blogs ( vá, mas faça o favor de voltar). Conhecerá com quantos paus se dá uma tamancada. Nossas antenas estão ligadas dia e noite.
Então, neste momento grave da vida nacional, o Sopa de Tamanco convoca os tamanqueiros a botar a boca no trombone: toda propaganda é pouca.
Se cada internauta trouxer outro para visitar o Sopa de Tamanco, em breve o Brasil sairá do fundo do poço.
Palavra do Comitê Central.
AINDA QUERO SER TONI MARQUES (OU GRANDES FRASES AVACALHADAS - VERSÃO PIRATA)
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"Governar é construir estradas por onde passarão aviões."
"Governar é construir estradas por onde passarão aviões."
Washington Luís, ex-presidente e avenida
QUE BADERNA É ESSA ?!
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Quer saber ?
(É só clicar aqui, no blog de Homero Fonseca:
http://www3.interblogs.com.br/homerofonseca/artigos.kmf?cod=6313180)
Quer saber ?
(É só clicar aqui, no blog de Homero Fonseca:
http://www3.interblogs.com.br/homerofonseca/artigos.kmf?cod=6313180)
Separatismo, já
O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial. Já que estamos perdoando dívidas de países pobres como Angola, Bolívia e outros, por que não ceder o Rio de Janeiro à Colômbia? Melhoraria a imagem externa do Brasil e nos livraríamos do custo social e político das mais de 700 maravilhosas favelas. E ainda permaneceríamos brilhando nos livros de geografia como o quinto país do mundo em extensão territorial. Não é uma boa, Cauê?
Aviso aos apopléticos de saguão e de quadra
A demissão do ministro da Defesa, Waldir Pires, o Brasil ainda suporta. Já a separação da dupla Sandy e Junior poderá nos levar a uma prolongada guerra civil. Comecem a estocar ração.
Por falar em Freyre...
Sinal dos tempos: antigamente a classe média, em busca de entendimento sobre o Brasil, lia Gilberto Freyre. Hoje, assiste a Regina Casé dizendo que cultura é o funk.
Por falar em Francis...
... ontem não pude deixar de pensar: ainda bem que Paulo Francis morreu. Chamam a morte de desgraça. Eu penso nela como a dádiva de não ver, não ouvir, não falar, não sentir. Pensei isso hoje, novamente, ao escrever sobre Mário Covas. E, já que o pensamento era bom, ainda que sofrido, pensei em Gilberto Freyre - só porque vi na televisão, outro dia, uma entrevista com ele.
Por que passo a palavra
Passo palavra porque gente como Antônio Fernando Borges, citando Eça de Queirós, tem algo melhor a dizer:
”O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Não há princípio que não seja desmentido nem instituição que não seja escarnecida. Já não se crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas idéias aumenta a cada dia. A ruína econômica cresce, cresce, cresce… A agiotagem explora o juro.
A ignorância pesa sobre o povo como um nevoeiro. O número das escolas é dramático. A intriga política alastra-se por sobre a sonolência enfastiada do país. Não é uma existência; é uma expiação. Diz-se por toda a parte: O pais está perdido!”
Eça é de Queiroz - e o ano é 1871.
É Tetra! É tetra!
Erga a mãozinha para os céus, com os dedinhos abertos. Agora, encolha apenas o polegar, também conhecido como dedão. Ou o dedinho (mínimo), caso você seja um viciado na mitologia Lulista.
Pronto?
O que você tem em mãos é o pedido formal, dadas as condições, para que o Brasil exija a separação do continente americano e viaje, por mar, é claro, até a África, para se juntar aos países do Quarto Mundo.
Pronto?
O que você tem em mãos é o pedido formal, dadas as condições, para que o Brasil exija a separação do continente americano e viaje, por mar, é claro, até a África, para se juntar aos países do Quarto Mundo.
O Boiadeiro de Garanhúns
Hoje pela manhã, em Congonhas, cenas explícitas de histeria coletiva. Umas velhas patuscas que, no século passado, seriam viúvas machadianas (mas não da aristocracia, claro), aplaudiram quando a moça informou que todos os vôos estavam cancelados. Entre elas, diziam coisas inteligentes e profundas, cheias de lógica e nexo, como especialistas em vôo que são. "O aeroporto tem que fechar", "É uma vergonha a falta de gruvin".
Gênios que exemplificam bem a raça. Povo, não no sentido pejorativo possível da palavra, guiado pela propaganda oficial do Boiadeiro de Garanhuns.
Gênios que exemplificam bem a raça. Povo, não no sentido pejorativo possível da palavra, guiado pela propaganda oficial do Boiadeiro de Garanhuns.
Al-Qaeda ao carajo!
O presidente do nosso querido Brasil está desperdiçando a oportunidade bolivariana que o nobre esporte bretão lhe dá: selar a paz no céu de anil convocando, para o lugar de Nelson Tom Jobim, o técnico Jorvan Vieira.
REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE IMITADOR DE PAULO FRANCIS, JÁ!
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Dentre as deficiências do Estado brasileiro que se perpetuam ao longo dos tempos, creio que a mais grave é o governo não ter ainda, desde a última década, regulamentado a profissão de imitador de Paulo Francis.
É revoltante ver diariamente, em colunas espalhadas de Norte a Sul do país, heróicas e bravas hordas de imitadores de Paulo Francis, sofrendo para procurar citações eruditas no Google, buscando de maneira tocante afetar inteligência e conhecimento, sem que nenhum tipo de apoio governamental lhes seja prestado.
.
(Mais sobre esta nobre causa, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/04/pela-imediata-regulamentao-da-profisso.html)
Dentre as deficiências do Estado brasileiro que se perpetuam ao longo dos tempos, creio que a mais grave é o governo não ter ainda, desde a última década, regulamentado a profissão de imitador de Paulo Francis.
É revoltante ver diariamente, em colunas espalhadas de Norte a Sul do país, heróicas e bravas hordas de imitadores de Paulo Francis, sofrendo para procurar citações eruditas no Google, buscando de maneira tocante afetar inteligência e conhecimento, sem que nenhum tipo de apoio governamental lhes seja prestado.
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(Mais sobre esta nobre causa, aqui: http://marconileal.blogspot.com/2007/04/pela-imediata-regulamentao-da-profisso.html)
A obscuridade verbal é a casamata dos imbecis
Rindo, T. S. Eliot contava a história de haver conseguido aprovar sua tese de filosofia se valendo de um texto propositadamente ininteligível. É muito comum na área jurídica, onde a maioria dos profissionais NÃO sabe escrever, o advogado escrever petições que nem ele sabe o que quer dizer. O juiz, com receio de parecer ignorante, concede qualquer coisa - isso quando entende o que foi pedido, claro.
O que quero dizer é que a obscuridade verbal é a casamata dos imbecis. São eles que lapidam a arte de fazer firulas incompreensíveis na esperança de: 1) provarem uma tese tosca (quando tese há); 2) parecem inteligentíssimos. Não canso de imaginar um concurso no qual o vencedor seria aquele que conseguisse equilibrar, o maior tempo possível, um livro do Chacal na ponta do nariz. Chacal, você sabe, é o “artista da poesia” carioca cujos livros não ficam em pé, assim como sua poesia.
(Texto completo aqui)
O que quero dizer é que a obscuridade verbal é a casamata dos imbecis. São eles que lapidam a arte de fazer firulas incompreensíveis na esperança de: 1) provarem uma tese tosca (quando tese há); 2) parecem inteligentíssimos. Não canso de imaginar um concurso no qual o vencedor seria aquele que conseguisse equilibrar, o maior tempo possível, um livro do Chacal na ponta do nariz. Chacal, você sabe, é o “artista da poesia” carioca cujos livros não ficam em pé, assim como sua poesia.
(Texto completo aqui)
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